Blumenau tem desde julho o primeiro museu funerário da América Latina. Fica numa bela e antiga casa na Rua José Deeke, no bairro Escola Agrícola, e reúne um acervo impressionante da família Haas, que em 2018 completa 100 anos trabalhando no ramo.
O Memorial Funerário Mathias Hass leva o nome do alemão que fundou no ano de 1918, em Ibirama, a Marmoraria Haas, empresa que depois foi transformada em Funerária Haas, com sede em Blumenau. O local reúne parte importante do acervo que a família reuniu ao longo da história. São fotos, documentos, máquinas e ferramentas que eram usadas na produção de lápides, túmulos e ornamentos usados em cemitérios.
Uma das principais peças do acervo é o livro de memórias de Mathias Haas, que ele escreveu a mão em alemão gótico de 1937 a 1959. No centenário da empresa a família que publicar um livro com o texto traduzido. Na exposição já há a tradução de alguns trechos curiosos.
Histórias cruzadas
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Outra peça importante é a placa que identifica a empresa usada na primeira oficina montada em Ibirama. Ela foi encontrada em uma das reformas que sofreu a sede da empresa na Rua São Paulo, em Blumenau. O letreiro, escrito em alemão, estava escondido entre o telhado e o forro. Segundo a gerente do memorial e bisneta de Mathias, Elke Haas Fonseca, ela deve ter sido escondida na época do nacionalismo de Getúlio Vargas, na década de 1940, quando a língua alemã foi proibida.
A ideia de montar o memorial veio em 2010. Abaixo você pode conferir várias fotos da bela e profissional montagem do memorial, mas o bom mesmo é poder conferir esse importante resgate de parte da nossa história pessoalmente. As visitas são agendadas pelo telefone (47) 3222-9960.