A pesca da tainha na modalidade emalhe anilhado atingiu 95,22% da cota determinada para o ano de 2025, segundo dados do Painel de Monitoramento da Pesca da Tainha. Com isso, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) informou que a captura da espécie nessa modalidade está encerrada a partir desta quarta-feira (25).
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A medida acontece de forma preventiva, para evitar que a cota estabelecida seja ultrapassada, e foi determinada depois de a modalidade atingir 90% da sua capacidade de captura. A medida segue o que foi determinado na Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26 de fevereiro de 2025.
Embarcações desta modalidade que estiveram hoje em atividade no mar devem fazer o último desembarque de tainha no prazo máximo de 24 horas, após a publicação da determinação de encerramento, na tarde desta quarta.
Segundo o Ministério da Pesca, o encerramento foi determinado com base nos dados de produção, consolidados por Mapas de Produção e Declarações de Entrada de Tainha em Empresas Pesqueiras. A determinação também consta no Painel de Monitoramento da Temporada de Pesca da Tainha.
Cota de 970 toneladas de captura
A Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26 previa que a modalidade do emalhe anilhado, que tem como área de operação o mar territorial adjacente ao estado de Santa Catarina, tinha como cota 970 toneladas de captura.
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Até a tarde desta quarta-feira, segundo dados do painel, foram capturadas, ao todo, 923,6 toneladas do pescado, entre as 121 embarcações autorizadas para a prática. Algumas embarcações já haviam atingido o teto de captura individual de 15 toneladas.
Os dias 4 de junho, 12 de junho e 8 de junho foram os com maiores registros de quantidade de peixe pescado por dia na modalidade, segundo os dados do painel. Os números são 79 toneladas, 77 toneladas e 63 toneladas capturadas, respectivamente.
Arrasto de praia ainda não atingiu cota
Os pescadores que realizam a pesca da tainha na modalidade de arrasto de praia ainda não atingiram a cota estabelecida pelo Ministério da Pesca, de 1,1 mil toneladas. A Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26 prevê o limite para a modalidade que tem como área de operação o mar territorial adjacente ao estado de Santa Catarina.
Até o momento, foram capturadas 427,7 toneladas de tainha nessa modalidade, de acordo com o Painel de Monitoramento da Temporada de Pesca da Tainha. O número é equivalente a 38,8% da cota.
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O frio que tem marcado os últimos dias em Santa Catarina trouxe também bons lanços para os pescadores dessa modalidade, como o capturado nesta terça-feira (24) na enseada da Pinheira, em Palhoça.
Limite total para 2025
O limite total para a safra da tainha deste ano é de 6.795 toneladas.
Para a pesca artesanal, há uma limitação exclusiva aos pescadores catarinenses. Na safra de 2024, foram capturadas mais de 2 mil toneladas de tainha no arrasto de praia, quase o dobro da cota estabelecida para esse ano.
Nas demais modalidades, a restrição ficou dividida da seguinte forma:
- 600 toneladas para a modalidade de cerco traineira nas regiões Sudeste e Sul do Brasil;
- 1.725 toneladas de emalhe costeiro para as regiões costeiras do Sudeste e Sul do Brasil;
- 2.300 toneladas no estuário da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.
A temporada de pesca da tainha segue regras diferentes dependendo do tipo de técnica usada pelos pescadores. Veja as datas em que a pesca da tainha é permitida conforme a modalidade:
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- Arrasto de praia: pesca é permitida de 1º de maio a 31 de dezembro.
- Emalhe anilhado: pesca é permitida 15 de maio a 31 de julho.
- Emalhe de superfície (até 10AB): pesca é permitida de 15 de maio a 15 de outubro.
- Emalhe de superfície (acima de 10AB): pesca é permitida de 15 de maio a 31 de julho.
- Cerco/traineira: pesca é permitida de 1º de junho a 31 de julho.
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