Um estudo global revelou que o principal fator por trás da epidemia de obesidade não é a inatividade física, como se acreditava, mas o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados.
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Populações mais desenvolvidas, mesmo sendo ativas, têm maior percentual de gordura devido à má alimentação, alerta a ciência.
Segundo os pesquisadores, o desequilíbrio entre o que se consome e o que se gasta é o verdadeiro motor da obesidade. “Populações industrializadas apenas consomem mais calorias”, disse o médico Thomas Holland, em entrevista ao portal Medical News Today.
Alimentação é o novo vilão do excesso de peso
A pesquisa analisou mais de 4 mil pessoas em diversas regiões do mundo, de caçadores-coletores a moradores de grandes cidades. A conclusão foi clara: a obesidade não está ligada apenas à falta de movimento.
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Segundo o estudo, populações economicamente mais avançadas apresentaram os maiores níveis de gordura corporal, mesmo com níveis relativamente altos de atividade física. Ou seja, o corpo gasta energia, mas consome muito mais do que precisa.
O que realmente diferencia essas populações é a ingestão calórica, principalmente vinda de alimentos industrializados. A ciência agora aponta que o maior problema está no prato, e não na falta de exercícios.
ultraprocessados aumentam a absorção de calorias
Os alimentos ultraprocessados são formulados para serem extremamente saborosos, fáceis de mastigar e rápidos de digerir. Isso os torna altamente calóricos e que saciam pouco.
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Ao serem rapidamente absorvidos pelo corpo, esses alimentos reduzem a perda de energia pelas fezes e aumentam a quantidade de calorias efetivamente armazenadas como gordura. O organismo trabalha menos, mas acumula mais.
Além disso, essas comidas hiper palatáveis interferem na regulação da saciedade, levando o corpo a pedir mais comida mesmo quando já ingeriu calorias suficientes. É um ciclo difícil de romper.
Qualidade das calorias importa mais que quantidade
Médicos reforçam que o exercício físico é essencial para manter a saúde geral, mas tem papel secundário na perda de peso. A alimentação ainda é o fator decisivo.
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Segundo os especialistas, uma dieta equilibrada, com alimentos naturais e integrais, é muito mais eficaz do que apenas se movimentar mais. Não adianta correr 5 km e depois consumir calorias vazias.
Políticas públicas que promovam o acesso a alimentos saudáveis e eduquem a população sobre a qualidade das calorias consumidas são medidas cruciais para combater a obesidade em larga escala.
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