Vitor Fermiano, estudante de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o professor Roberto K. Saito, docente do mesmo departamento, fizeram uma descoberta inédita de um exoplaneta — ou um planeta localizado fora do sistema solar — distante cerca de 1.000 anos-luz da Terra. O artigo que relata o feito será publicado na revista internacional Astronomy & Astrophysics. 

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O exoplaneta TOI-4562c, como é chamado, foi descoberto utilizando dados do telescópio espacial TESS, da NASA, e do telescópio brasileiro Zeiss, do Observatório do Pico dos Dias, em Minas Gerais. Ele é o terceiro corpo de um sistema planetário jovem ainda em fase inicial de formação. Segundo os pesquisadores, o exoplaneta tem similaridades com Júpiter, sendo considerado um planeta gigante gasoso com 5,8 vezes a massa de Júpiter.

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Veja fotos dos planetários catarinenses

Fenômenos astronômicos são observados no espaço da UFSC (Foto: UFSC, Divulgação)
Há um observatório em Pinhalzinho (Foto: Udesc, Divulgação)
Estrutura recebe escolas e é aberta ao público geral (Foto: Udesc, Divulgação)
Há visitações abertas semanais para os interessados em astronomia (Foto: UFSC, Divulgação)
Planetários contam com visitação aberta ao público (Foto: Prefeitura de Criciúma, Divulgação)

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Descoberta inédita 

A técnica utilizada para a detecção do planeta TOI-4562c é conhecida como Variação do Tempo de Trânsito (ou TTV, da sigla em inglês). Além da equipe da UFSC, a análise dos dados contou com especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), além de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), e de instituições no Chile e Alemanha, que dividem a autoria do trabalho.

A equipe pretende, agora, seguir monitorando o sistema planetário com a observação de novos trânsitos para uso do TTV em combinação com outra técnica, conhecida como velocidades radiais, o que permite o cálculo preciso de parâmetros do sistema planetário, como a massa e o raio dos planetas, suas densidades, além da inclinação e excentricidade das órbitas.

O artigo também é assinado pelo professor Bernardo Borges e os egressos da universidade Thiago Ferreira dos Santos e Wagner Schlindwein.

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