A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não conseguiu localizar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para que ele preste esclarecimentos no inquérito que apura a atuação dele nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O deputado teria ignorado os primeiros contatos da PF.

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De acordo com o relato da PF, a corporação teria tentado contato pelo e-mail funcional de Eduardo e por um endereço online pessoal, ambos sem sucesso. Ainda, ele foi procurado via aplicativo de mensagens no celular e no telefone do gabinete em Brasília.

Em nenhum dos canais de comunicação, ele confirmou estar ciente das solicitações da PF. Durante a abertura do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que o deputado preste esclarecimentos por escrito, por estar nos Estados Unidos.

Ao STF, a PF alegou que de acordo com “comprovantes automáticos gerados pelo sistema de correio eletrônico, as mensagens foram devidamente recebidas pelos destinatários, conforme registros de entrega”.

“Todavia, até a presente data, não houve qualquer retorno, manifestação ou resposta por parte do destinatário”, afirma o relatório.

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Inquérito contra Eduardo Bolsonaro na PF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao STF a abertura de uma investigação sobre a atuação do deputado nos Estados Unidos. Foram citadas publicações em redes sociais e entrevistas, nas quais Eduardo Bolsonaro estaria tentando fazer com que o governo de Donald Trump imponha sanções a integrantes do STF, segundo a PGR.

A PGR ainda alega que as ações do deputado licenciado no exterior teriam como objetivo atrapalhar a investigação sobre a tentativa de golpe de estado, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai, é um dos réus.

A PGR classificou a conduta de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos como indícios dos crimes de coação, obstrução de investigações sobre organizações criminosas e abolição violenta do estado de direito.

Nesta quinta-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi ouvido pela Polícia Federal no inquérito e declarou que enviou R$ 2 milhões ao filho para que ele não “passe necessidade” no país.

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*Com informações do g1

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