O crescimento da China continuou moderado no segundo trimestre deste ano, à medida que seus exportadores sentiram os efeitos da desaceleração da economia global. Além disso, os contínuos tumultos nos mercado financeiro dos Estados Unidos elevando as possibilidades de um longo período de enfraquecimento mundial, aumenta a pressão para que as autoridades da China ajam para impulsionar o crescimento econômico do país.
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O Produto Interno Bruto chinês cresceu 10,1% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2007, disse nesta quinta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas. O resultado foi inferior à alta de 10,6% do primeiro trimestre e de 11,9% do segundo trimestre de 2007.
A desaceleração no segundo trimestre foi amplamente esperada, tendo em vista a interrupção provocada pelo forte terremoto ocorrido em maio na província de Sichuan, a contínua alta da inflação e a falta de energia estão limitando a capacidade de manobra das autoridades.
O atual enfraquecimento no setor exportador, combinado com a queda no mercado doméstico e um abrandamento nos preços do setor imobiliário, está se tornando um desafio para o país e para o governo que tomou como quase certa a rápida expansão da economia.
Apesar disso, a China está indo extraordinariamente bem em comparação com os outros países: sua economia expandiu a uma taxa de 10% ou mais ao ano desde 2003. Mesmo com o atual enfraquecimento global, vários analistas acham que o país pode repetir o desempenho em 2008. Outros, avaliam que um crescimento de 8% ou 9% não seria um problema para a China, de maneira que o governo possa trabalhar com mais afinco para reduzir a inflação.
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