Um homem foragido do sistema prisional de Goiás e integrante de uma facção criminosa carioca foi preso pelas polícias Federal (PF) e Militar (PM) na tarde desta quarta-feira em Balneário Camboriú, no Litoral de Santa Catarina. A esposa dele também foi detida. André Luiz de Oliveira Lima, 37 anos, é considerado pela polícia goiana, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, um dos líderes de um dos grupos envolvidos na rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, no começo de janeiro.
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Policiais militares abordaram o Porsche Cayenne conduzido pelo homem na Avenida do Estado. O veículo é avaliado em R$ 600 mil e estava registrado no nome falso de um deles. O casal se identificou com documentos adulterados, por isso foram detidos em flagrante.
Segundo apuração do DC, o homem coordenava a venda de drogas em Goiás e liderava a facção naquele Estado. Ele possui antecedentes, de acordo com as polícias, por tráfico de drogas e armas, homicídio e outros delitos. O criminoso estava foragido desde que saiu para saída temporária em regime semiaberto.
O casal tinha uma vida de luxo em Balneário Camboriú. Com documentos falsa, moravam há um ano na cidade. Além do Porsche, os policiais apreenderam outros dois carros novos. Os três são avaliados em R$ 1,2 milhão. Além disso, a família morava em um apartamento que custou R$ 1 milhão.
Com eles as polícias apreenderam uma quantia em dinheiro em espécie e uma pistola que pertencia ao foragido.
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Líder de quadrilha com alta movimentação financeira
André foi preso em um grande operação da Polícia Civil de Goiás em 2014. Na época a ação foi chamada de Poderoso Chefão, em alusão a ele. Naquela época, ele também estava foragido da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia. Meses antes, havia recebido o benefício do semiaberto e fugiu. Junto com ele e a quadrilha, foram apreendidas 14 armas como fuzis israelenses e metralhadoras americanas, além de centenas de quilos de pasta-base de cocaína.
Segundo a Polícia Civil goiana, o grupo comercializa cerca de 200 quilos de pasta-base da droga por mês, com movimentação financeira que girava em torno de R$ 2 milhões mensais a partir da venda do produto no varejo para 42 pontos de comercialização de drogas de Goiânia e de Aparecida de Goiânia. André controlava a movimentação da quadrilha de dentro da cadeia por telefone, repassando as ordens para a esposa, que era responsável pela parte contábil e pela lavagem de dinheiro da quadrilha, de acordo com os investigadores.
Colaborou Dagmara Spautz