A NASA segue monitorando o 2024 YR4, um asteroide que apresenta um risco mínimo de atingir a Terra no dia 22 de dezembro de 2032. Os estudos mais recentes da Agência Espacial Americana diminuíram as probabilidades de colisão para 0,28% (chegou a ser de 3,2% no final do ano passado), mas “ligam o alerta” em algumas regiões do planeta.

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A origem do asteroide ainda é desconhecida. Foi descoberto em dezembro de 2024 pelo Telescópio ATLAS, instalado no Chile. Desde então, passou a ser objeto de estudo constante por astrônomos de diversos observatórios. Entre as maiores preocupações, está a de saber com a máxima precisão possível as regiões com maior probabilidade de impacto.

Algumas áreas foram apontadas como mais prováveis de receber o objeto espacial, caso o impacto se confirme. Entre as regiões, estão países da América do Sul, como o Brasil, a África e algumas localidades da Ásia.

Brasil no corredor do impacto

Com base nos dados atuais da trajetória do 2024 YR4, a NASA mapeou uma espécie de “corredor de impacto”, composto por nove países – entre eles o Brasil.

Os países na “zona vermelha” são:

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  • Brasil
  • Venezuela
  • Equador
  • Colômbia
  • Índia
  • Bangladesh
  • Etiópia
  • Sudão
  • Nigéria

Qual o tamanho do asteroide?

O asteroide 2024 YR4 tem entre 40 e 90 metros de diâmetro, segundo os astrônomos. Observatórios de todo o mundo analisam o astro, monitoram a trajetória e atualizam com frequência a rota, estimativas de tamanho e possibilidades de impacto.

Possíveis danos

Caso o asteroide caia na Terra, o impacto pode causar danos significativos em um raio de até 2 mil quilômetros quadrados. Entre os estragos, estão destruição de casas, prédios e vegetação, além de outros prejuízos estruturais.

Os danos também dependem do tamanho real do asteroide – quanto maior o diâmetro, mais destruição. O impacto causaria prejuízos consideráveis e afetaria a vida de milhões de pessoas, dependendo da área atingida.

Possibilidade de colisão com a Lua

Outra possibilidade analisada pelos astrônomos é de que o asteroide se choque com a Lua, e não com a Terra. Essa probabilidade está em 1%, e as consequências no planeta caso esse impacto se confirme ainda são desconhecidas.

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Como evitar o impacto?

A NASA possui três estratégias definidas para evitar (ou tentar evitar) que objetos espaciais atinjam a Terra.

  • Detonação nuclear: uso de explosivos para alterar o curso do asteroide;
  • Feixes de laser solares: aplicação de energia solar concentrada para aquecer a superfície do objeto, criando uma propulsão que mudaria a rota do asteroide;
  • Impactadores cibernéticos: lançamento de sondas espaciais em altas velocidades para colidir com o asteroide, mudando sua velocidade e direção.

Os Impactadores cibernéticos já foram testados pela NASA, com sucesso. Em 2022, uma sonda espacial colidiu com um asteroide, mudando a rota e garantindo um sistema de defesa eficiente contra objetos considerados pequenos, como é o caso do 2024 YR4.

Monitoramento constante

Apesar de considerar improvável o impacto do 2024 YR4 com a Terra, a NASA e outros observatórios e agências espaciais do mundo todo vão seguir monitorando o asteroide durante os próximos anos.

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Caso as possibilidades de colisão aumentem ou se confirmem, diversas estratégias de defesa serão aplicadas. Além disso, quanto mais o asteroide se aproxima da Terra, mais preciso são os cálculos não só de probabilidade de impacto, mas de áreas que podem ser atingidas o que, em último caso, geraria uma evacuação em massa em caso de necessidade.

A NASA, no entanto, garante que por enquanto não há motivo para pânico. A tendência atual é de que o asteroide passe entre a Terra e a Lua, mas sem colisão.