A família de João Vitor Meneguzi ainda tenta entender o que motivou a execução do adolescente de 14 anos no último sábado (4) em São José do Cerrito, na Serra catarinense. Morador de Lages, o garoto foi a uma festa no interior da pequena cidade vizinha com o primo e alguns amigos e não voltou. Foi assassinado com 14 tiros possivelmente disparados por duas armas diferentes.

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O caso é investigado pela delegacia de Polícia Civil de São José do Cerrito como uma execução. Segundo o delegado responsável, Marcos Antônio dos Reis, ainda não se sabe a circunstância ou a motivação do crime, mas relatos apontam para uma versão em que quatro pessoas teriam sido envolvidas no assassinato. Dois rapazes teriam segurado João Vitor enquanto outros dois efetuaram os disparos, segundo o delegado. Um dos suspeitos já teria sido identificado e deve se apresentar na delegacia na quinta-feira, e oito testemunhas já foram convocadas e vão prestar depoimento na delegacia de Lages.

O crime ocorreu em uma festa no interior de São José do Cerrito, a cerca de oito quilômetros do Centro da cidade, em um local isolado. Seria um suposto evento de som automotivo sem nenhuma autorização para a realização, segundo o delegado Marcos. Os organizadores da festa também irão prestar depoimento para auxiliar nas investigações.

João Vitor Meneguzi
Adolescente gostava de cuidar dos cavalos na chácara do pai. Foto de 2017 no perfil do garoto nas redes sociais (Foto: Reprodução / Facebook)

Menino trabalhava na chácara do pai

De férias da escola, João Vitor passava o dia inteiro trabalhando na chácara do pai, no interior de Lages. Apaixonado por animais, gostava muito de cuidar dos cavalos. As informações em relação à festa de sábado são desencontradas, mas familiares acreditam que pode ter ocorrido uma briga envolvendo o primo de João e, na confusão, o garoto acabou morto.

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— Ele era um menino bom, gostava de cavalo, trabalhava na chácara do pai o dia a todo e à noite gostava de sair, namorar, coisa de adolescente. Ele não incomodava, não era bandido, não era viciado em drogas. Era um adolescente comum — conta Aline Meneguzi, de 31 anos, irmã mais velha de João Vitor.

A família se mobilizou nas redes sociais com pedidos de justiça e tenta entender como o garoto foi morto com tamanha crueldade.

— A gente está desesperado, completamente sem rumo — desabafa a irmã.

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