A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira que as mortes de quatro moradores do Morro da Catarina, no Bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, que aconteceram no final de maio, podem estar relacionadas.
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As suspeitas são de vingança e “guerra” do tráfico de drogas. Outras hipóteses não divulgadas também serão apuradas.
O delegado da Delegacia de Homicídios, Ênio de Oliveira Matos, disse que o triplo assassinato no Morro da Catarina pode ter ligação com a morte de um jovem em Palhoça. Tiago da Costa Machado, 22 anos, encontrado morto no dia 28 de maio, também é do Morro da Catarina, mas estava sumido da região e podia estar envolvido com o tráfico.
Os jovens Cleber da Silva, 20 anos, David Goulart, 19, e Marcelo da Silva, 17, foram executados a tiros na noite de 31 de maio.
Nesta segunda-feira, durante manhã e tarde, policiais ouviram depoimentos de familiares das vítimas. Mas segundo o delegado Ênio, por enquanto não há nenhuma pessoa que tenha testemunhado as mortes, o que dificulta a investigação. Até agora, ninguém foi preso.
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O suposto líder do tráfico no Morro da Catarina, conhecido como Dedê, está foragido e é procurado por outros crimes.
Clima de medo
Uma familiar de um dos três jovens assassinados no dia 31 ouvida pelo Diário Catarinense confirmou o envolvimento do filho com o tráfico. Ela disse que o garoto estava ameaçado de morte, que tentou tirá-lo dali, mas que não teve sucesso.
Ela revelou que o clima é de medo entre os moradores do morro porque os supostos atiradores teriam dito que voltariam para matar outros rapazes.
A Delegacia de Homicídios da Capital registrou até esta segunda-feira 40 assassinatos. A polícia considera o número alto.
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