A Polícia Civil está investigando uma denúncia de erro médico que teria causado a morte de um menino de um ano e dois meses em Jaraguá do Sul. A família do pequeno Benjamin Serenini procurou a polícia e o caso está com a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI). Um inquérito foi aberto e as primeiras perícias já ocorreram.

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Benjamin estava internado no Hospital e Maternidade Jaraguá, onde ele costumava ser atendido para procedimentos de substituição da sonda utilizada para alimentação. O menino nasceu com uma série de malformações congênitas que afetavam a capacidade dele se alimentar e respirar. A família de Jaraguá do Sul ia frequentemente para Florianópolis onde o pequeno fazia tratamento no Hospital Infantil Joana de Gusmão, porém a troca rotineira da sonda era feita em Jaraguá.

Conforme a denúncia dos familiares à polícia, em um boletim de ocorrência feito na última quarta-feira (23), Benjamin teria sofrido uma perfuração pulmonar na troca da sonda no início do mês, algo que teria passado despercebido e permitido a liberação do menino. Em casa, o quadro de saúde dele piorou e a família voltou ao hospital, onde o garoto precisou ficar internado por cerca de 20 dias.

No início da semana passada, médicos atestaram a morte cerebral de Benjamin. Por alguns dias ele ainda ficou ligado aos aparelhos, até a confirmação final do óbito no sábado (26). No domingo (27) o menino foi enterrado em Jaraguá do Sul.

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O delegado Caléu Henrique Gomes de Mello, responsável pelo caso, disse ao AN que a perícia já esteve no hospital para fazer os laudos preliminares com base nos prontuários de Benjamin. Somente agora, com a confirmação da morte do menino durante o fim de semana, a perícia irá encerrar os trabalhos e a polícia deve convocar as primeiras testemunhas. Médicos e enfermeiros do hospital devem ser chamados a depor, além do pai da criança e outros familiares.

– No final da investigação vai ser analisado se houve uma possível negligência. É uma análise criteriosa, em que vamos avaliar se há algum culpado por isso – apontou o delegado Caléu.

Caso seja comprovado um erro no caso de Benjamin, o responsável pode responder pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A reportagem entrou em contato com o Hospital e Maternidade Jaraguá, que não se manifestou sobre o caso até a publicação da matéria.

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Família busca respostas

A morte de Benjamin gerou comoção na família moradora de Jaraguá do Sul. O garoto, visto como um guerreiro que encarou procedimentos hospitalares desde que nasceu, era querido por todos os parentes.

– Foi muito difícil, a gente tinha muito contato com ele, diariamente. A gente acompanhou desde o nascimento, ele e meu cunhado indo para médicos em Florianópolis, Jaraguá, Mafra, Joinville. Sempre batalhando. Agora acontece isso quando ele estava evoluindo, nessa idade boa de um ano e dois meses. Foi terrível – lamenta Joel dos Santos, tio de Benjamin.

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