O suspeito de matar Raibelys Forti, a jovem de 21 anos que morava no bairro Água Verde, em Blumenau, é um policial militar desertor do Pará, revelou a Polícia Civil. O homem de 34 anos teria entrado na quitinete de Raibelys no momento em que ela ficou sozinha para atacá-la. A venezuelana foi esfaqueada e estrangulada.
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O crime ocorreu na noite de domingo (4). Dois dias depois, na terça-feira, a Polícia Civil prendeu o homem preventivamente. Ele era vizinho de Raibelys e do marido dela há cerca de dois meses. No domingo, ao perceber que o parceiro da vítima havia saído, aproveitou a oportunidade para invadir o imóvel e matá-la. Quando o companheiro voltou, encontrou a mulher já sem vida.
— Entendemos por feminicídio porque ele somente entrou na casa sabendo que ela estava sozinha. Certamente a matou por ser mulher, se fosse homem não teria nem entrado — avalia o delegado responsável, Bruno Fernando.
Além do feminicídio, o suspeito cometeu furto, deixando objetos caídos pelo caminho, numa região de mata atrás da casa. Durante a investigação, Bruno e equipe descobriram que o homem é um policial militar do Estado do Pará e estava na condição de desertor, que é quando o agente desaparece sem explicações e não volta ao trabalho.
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Ele deixou o Pará durante as férias e começou a viver em Blumenau com identidade falsa. Ao saber do mandado de prisão, o policial se apresentou espontaneamente no quartel dos bombeiros militares, que acionaram a Polícia Civil. Na delegacia, ele negou o crime e apresentou álibi, mas Bruno garante que os indícios encontrados “até o momento apontam exclusivamente para ele como sendo o autor”.
Como o policial estava em situação de desertor e é militar, ele foi preso pela PM. Agora, fica sob custódia da corporação no batalhão de Blumenau. Em paralelo, a Polícia Civil continua as investigações para entender a motivação do crime, se houve a participação de outras pessoas e porque ele estava na cidade usando outro nome.
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