Sentir nojo é universal, mas pesquisas indicam que isso se manifesta com maior intensidade nas mulheres do que nos homens. Essa diferença, que pode parecer simples à primeira vista, pode influenciar diretamente a saúde e a longevidade de homens e mulheres.
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De acordo com estudos científicos, o nojo é essencialmente um sistema de defesa e desempenha um papel crucial na sobrevivência. Ele evoluiu para proteger os seres humanos de patógenos, alimentos contaminados e interações sociais arriscadas.
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Um estudo publicado no National Academy of Sciences (PNAS), dos Estados Unidos da América (EUA) destaca que a maior sensibilidade ao nojo em mulheres está relacionada a padrões comportamentais que minimizam a exposição a patógenos. Isso inclui desde cuidados com a higiene até aversão a comportamentos perigosos ou moralmente questionáveis, que poderiam comprometer a estabilidade social e familiar.
Diferenças entre homens e mulheres
Homens e mulheres experimentam o nojo de formas distintas. Estudos mostram que as mulheres tendem a sentir mais repulsa, evitando alimentos contaminados, ambientes insalubres e práticas arriscadas. Enquanto os homens tendem a exibir maior tolerância a situações que envolvem risco e sujeira, as mulheres mostram maior aversão, especialmente em contextos relacionados à saúde.
Isso pode explicar, em parte, por que as mulheres geralmente vivem mais do que os homens. Ao evitar situações de risco e comportamentos potencialmente perigosos, elas acabam sendo menos expostas a doenças infecciosas e acidentes. Além disso, essa maior cautela também pode ser observada em escolhas de vida mais saudáveis, como alimentação, higiene e até mesmo na busca por cuidados médicos.
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Fatores culturais e sociais
Essa diferença pode ser vista como um reflexo de pressões distintas ao longo da existência humana: no passado, em muitas sociedades os homens enfrentaram mais riscos físicos em atividades como caça e guerra, enquanto mulheres investiram em proteger seus corpos e seus descendentes.
Embora as diferenças no nojo tenham raízes biológicas, os fatores culturais também desempenham um papel significativo. As mulheres são frequentemente socializadas para serem mais cuidadosas, enquanto os homens são incentivados a adotar comportamentos que demonstram bravura ou resistência.
O equilíbrio entre cautela e exposição
No entanto, há desafios. Um nojo excessivo pode levar a comportamentos obsessivos, como fobias ou transtornos obsessivo-compulsivos. Por isso, é importante que a sensibilidade ao nojo seja equilibrada com a capacidade de lidar com situações inevitáveis.
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Por outro lado, segundo os estudos, os homens que adotarem práticas de higiene mais rigorosas e evitarem comportamentos desnecessariamente perigosos podem reduzir as diferenças de longevidade entre os gêneros.
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