Um prédio que pertence ao Inventário do Patrimônio Cultural de Joinville (IPCJ), no Centro da cidade, conhecido por abrigar uma igreja nos últimos anos, será a nova casa do bar Rufino, que se destacou na cena underground e alternativa joinvilense e estava localizado na Rua do Príncipe até então.

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Localizado na rua 15 de Novembro, o prédio foi construído na época em que Joinville completou 100 anos e integra o IPCJ por causa do padrão arquitetônico. Conforme a prefeitura de Joinville, a edificação tem relevância histórico-cultural por representar a diversidade religiosa e, do ponto de vista urbanístico, faz parte do período de formação do setor, por volta da década de 1950.

Veja fotos do prédio e do bar

Arquitetonicamente, o imóvel é expressivo no espaço de implantação, sendo evidenciados ornamentos clássicos que formam conjunto e dialogam com o Teatro Nicodemus, conhecido como Cine Palácio. O imóvel está no IPCJ desde 2014 e já foi sede da Igreja da Ciência Cristã do Brasil. O local é protegido legalmente, mas não está em processo de tombamento.

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De acordo com a proprietária do Rufino, Emanuelle Vieira, de 34 anos, a mudança se dá por questões estruturais, já que o prédio que abrigava o bar era tombado e limitava as ideias de melhorias, como nos banheiros e dificuldade de expansão para atender a demanda de clientes. Para ela, o bar deve ressignificar o local.

— O fato de antigamente abrigar uma igreja foi o que fez eu me apaixonar e escolher esse novo local. Já era um lugar de celebração, de música, reunião de público e estava parado há muitos anos. Queremos ocupar e revitalizar essa área central que está totalmente ‘morta’ — explica.

Emanuelle conta que o prédio da rua 15 tem tombamento apenas da fachada, mas como a intenção é manter a estética da igreja, a questão não será um problema. A negociação, diz ela, foi diretamente com a imobiliária, que também incentivaram a ideia de deixar o espaço novamente ativo.

De acordo com a prefeitura de Joinville, após perícia judicial, a decisão de tornar o prédio IPCJ foi contestada pelo proprietário e o processo está judicializado. Neste momento, o imóvel pode ter diversos usos, mas os projetos precisam tramitar no setor técnico da Secretaria de Cultura e Turismo e também pela Comissão do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Natural do Município (Comphaan).

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A proprietária do Rufino ressalta que o novo bar deve melhorar a qualidade para os clientes, incluindo mais banheiros, menos escadas, cozinha vegana e gastronomia nortista. 

— O espaço já conta com um palco, nossa intenção é trazer mais artistas, comportar bandas, queremos movimentar a arte, a música, para que nosso público tenha a cultura como algo ordinário, acessível e rotineiro — finaliza.

Ainda não há data oficial para a inauguração do bar no novo espaço.

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