De acordo com as Nações Unidas, o nível do mar está subindo devido às mudanças climáticas, ameaçando vidas e meios de subsistência em nações, cidades e comunidades costeiras e baixas de todo o mundo. Os oceanos estão se tornando mais ácidos, colocando em risco a biodiversidade marinha e as cadeias alimentares essenciais. E pior: a poluição do plástico está por todo o lado.

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Diante desta realidade, a ONU lançou no início deste mês a Década dos Oceanos. O objetivo é fazer com que nos próximos dez anos a humanidade aumente o conhecimento sobre as águas – que cobrem 70% da superfície do planeta – e as proteja. Afinal, elas são responsáveis pela absorção de um terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas.

Parece pouco tentar conscientizar sobre um problema que se arrasta há tanto tempo, mas não é tarde para criar uma consciência que possa ajudar a impedir o avanço da degradação dos oceanos e ainda desenvolver tecnologias que possam atuar de maneira a recuperar aquilo que já foi prejudicado.

É nisso que acredita João Thadeu de Menezes, presidente da Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano). De acordo com o presidente, desde 1999 na Associação, mas que também é professor na área, é evidente que o problema é de conhecimento de todos. Para ele, o acesso à informação da forma como é feita hoje em dia, garante isso. O que falta agora é a conscientização.

— Então quando a ONU vem e lança a Década dos Oceanos, o que se espera é que haja uma maior divulgação sobre os problemas. O assunto da poluição dos oceanos ainda é tratado de forma muito tímida pela mídia — explica.

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Menezes vai além ao falar sobre a importância de uma iniciativa global que trate a questão dos oceanos. Ele entende que os oceanos foram um grande elemento comum, que liga o mundo e que por isso deva ser cuidado por todo mundo.

— Não é possível separar o que é feito no Brasil e no resto dos países. Todos devem fazer alguma coisa contra a poluição, que é o principal fator de degradação dos oceanos — complementa.

Neste sentido, tanto na ajuda em disseminar a informação e ainda ajudar a desenvolver soluções práticas, Menezes entende que um evento como o Innovathon se faz fundamental e pode trazer excelentes resultados.

Sobre o Innovathon

O Innovathon Brasil 2020 é uma maratona tecnológica global para resolver problemas relacionados com os oceanos. Esta edição, promovida pela Mauá Ventures, acontece em um ambiente 100% online, com o apoio da Teltec Solutions, e tem o patrocínio da Uniavan Joinville e da Sol. Este ano o desafio acontece nos dias 27 e 28 de junho e as inscrições já estão abertas.

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O Innovathon é uma iniciativa das Nações Unidas desenvolvida pelo CEiiA, o renomado centro de engenharia de Portugal, parceiro da ONU em diversas áreas relacionadas com a sustentabilidade. A equipe vencedora do Innovathon Brasil 2020 se credencia para participar da etapa mundial do Innovathon. A etapa nacional do desafio tem apoio da NSC.

ONU definiu este mês o início da década dos oceanos
ONU definiu este mês o início da década dos oceanos (Foto: Canva)

Sobre a Aoceano

A Associação Brasileira de Oceanografia – AOCEANO foi fundada em 12 de abril de 1975 por um grupo de graduados da primeira turma do curso de Oceanologia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG, com o objetivo de reunir os novos profissionais e estimular o desenvolvimento da Oceanografia no Brasil. Este ano a Associação completou 45 anos de atuação.

​​Saiba mais no Canal do Innovathon Brasil 2020 – Edição Oceanos