Em entrevista à CBN Diário, o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Saulo Sperotto, disse que há um indicativo para o retorno do transporte coletivo a partir do dia 8 de junho. A declaração foi feita antes de uma reunião dele com prefeitos das 15 cidades mais populosas do estado, realizada na manhã deste sábado (30).
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A questão tratada era referente ao anúncio feito pelo governo Carlos Moisés de uma regionalização no combate ao coronavírus, para dar autonomia aos municípios a fim de que possam decidir sobre a flexibilização ou não da quarentena. Isso dependerá da situação de determinada área, que será definida através de uma calibragem com quatro índices, de "baixo" a "gravíssimo".
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Segundo Sperotto, a expectativa é de que saia um decreto estadual nesta segunda-feira (1º). Pelas informações que o político recebeu, a liberação do transporte coletivo, suspenso desde meados de março, ficará para o dia 8, com regras sanitárias a serem seguidas. A partir de então, as prefeituras poderão seguir a posição do Estado ou manter a suspensão do serviço.
Ainda de acordo com o presidente da Fecam, a respeito da educação regular, as aulas podem permanecer suspensas até agosto.
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Em relação ao auxílio financeiro pelo governo federal para estados e municípios, devido aos problemas causados pela Covid-19, a estimativa de Saulo Sperotto, também prefeito de Caçador, é que a primeira das quatro parcelas mensais seja paga até o dia 10 de junho. O texto do projeto foi publicado no Diário Oficial da União, na última quinta-feira.
– A expectativa, até o final, é de se ter receitas comparadas a 2017 e 2018. Vamos ter sérios problemas financeiros. As prefeituras estão trabalhando muito forte na redução de seus gastos e aplicando os recursos próprios nas áreas essenciais, como saúde e assistência social – declarou.
Ouça a entrevista completa para a CBN Diário:
O repasse para SC será de cerca de R$ 883 milhões para os municípios e de mais de R$ 1 bilhão para o Estado. Para as cidades catarinenses, R$ 103 milhões deverão ser destinados à assistência social e saúde, e R$ 779,5 em recursos livres. A distribuição municipal será feita pelo critério populacional, com valor mínimo de R$ 155 mil e máximo de R$ 72,6 milhões.