Um homem de 43 anos foi preso em Santa Catarina na tarde desta quarta-feira (15) durante uma operação de combate à falsificação e adulteração de bebidas. A investigação, comandada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, aponta que ele e os comparsas agiam desde 2023.
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Segundo o inquérito, o grupo comprava garrafas, lavava, fabricava o rótulo, misturava a outros produtos e vendia como originais a estabelecimentos de Passo Fundo, onde outros dois envolvidos também foram presos preventivamente na mesma operação, batizada de “Dose Incerta”.
— Compravam por R$ 3 a vodca mais simples e engarrafavam nas garrafas que compravam de um lixão em Santa Maria. Falsificavam os rótulos por uma gráfica e vendiam como originais para clientes, casas noturnas, bares — disse a delegada Carolina Goulart à Gaúcha ZH.
O homem detido em SC é morador de Navegantes e, inclusive, tinha uma conveniência na cidade. O grupo já estava no radar da polícia, inclusive com bebidas apreendidas anteriormente. As mais de cem garrafas de vodca, uísque, gim e cachaça agora apreendidas sem nota fiscal também serão periciadas.
— A nossa investigação vem antes dos casos de metanol, mas também foi impulsionada por essa situação que está acontecendo no país. Porém, vale frisar, que aqui o que eles faziam era falsificar como se fossem bebidas de qualidade e dentro das garrafas era produto adulterado. Mas não tinha metanol — conta a delegada.
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O Ministério da Saúde atualizou nesta quarta-feira (15) o número de casos e mortes devido a intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, 36 casos e sete mortes foram confirmadas. Os óbitos ocorreram em Pernambuco e são os primeiros fora do estado de São Paulo.
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