O suspeito de matar Suzana Perez Valerio, de 47 anos, com quem mantinha um relacionamento há cerca de um ano, já tinha um histórico violento com outras namoradas, as quais tratava com violência, com ações envolvendo agressões, tortura física e psicológica. Antes do crime cometido no bairro Saco Grande, em Florianópolis, no dia 1° de setembro, pelo menos três mulheres já haviam solicitado medidas protetivas contra ele.
Continua depois da publicidade
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito mantinha um padrão frequente e “extremamente violento de agressões contra mulheres”. Para isso, ele utilizava diversos métodos, com agressões graves, ameaças de morte, controle das redes sociais e, também, controle das vidas delas.
O homem raspava o cabelo delas com faca, as ameaçava com arma branca, inclusive durante a gestação de uma delas, e destruía itens pessoais das vítimas, segundo a Civil. Suzana também teve o cabelo raspado e, em uma ocasião, o homem a obrigou a sair do carro, jogou o veículo da vítima em um rio, e a fez caminhar cerca de 30 quilômetros da praia de Jurerê até a rodoviária, localizada no Centro de Florianópolis, “sob intensa coação e ameaça”, conforme a Polícia Civil.
Eles começaram o relacionamento em maio de 2024, enquanto a vítima ainda morava em Blumenau. À época, o suspeito havia acabado de ter a liberdade provisória concedida após incendiar a casa e o carro de outra ex-namorada, em Balneário Camboriú, em 2013. Ela também teve o cabelo raspado, segundo a Polícia Civil.
Assassinato de Suzana
Suzana morreu depois de ser atingida por 63 golpes de faca desferidos pelo homem no dia 1° de setembro, por volta das 11h. Depois do crime, o homem fugiu para Porto Alegre em um carro de aplicativo. Quando passou pelo município de Tubarão, no Sul do Estado, descartou os celulares dele e de Suzana.
Continua depois da publicidade
Em Porto Alegre, o homem coagiu e ameaçou outra ex-companheira, que também já havia sido vítima de agressões. Segundo a Polícia Civil, ele exigia comida e apoio da mulher, antes de ser preso nesta quarta-feira (10).
Em um primeiro momento, o homem continuará preso no Rio Grande do Sul. O caso agora segue em investigação pela Polícia Civil de Santa Catarina.
Conheça os tipos de violência e como pedir ajuda
Leia também
Polícia pede prisão preventiva de suspeito de assassinar companheira em Florianópolis

