O mês que vem, que começa na segunda-feira (1º), deve ter “cara” de primavera em Santa Catarina em relação às chuvas antes mesmo da chegada da estação no dia 22 de setembro. Isso porque a previsão indica que o tempo ficará fechado em boa parte das próximas semanas. Depois, as características de uma “quase” La Niña devem inverter o cenário, especialmente no Oeste.

Continua depois da publicidade

A previsão trimestral foi feita por meteorologistas de diferentes instituições do Estado que analisaram modelos meteorológicos durante a reunião do Fórum Climático nesta semana. Setembro, inclusive, foi o mês que apresentou as maiores incertezas aos profissionais devido à influência de diferentes fatores.

De modo geral, o indicativo é que o mês tenha chuvas com frequência, algo típico da primavera. Não são esperados grandes volumes, mas é importante lembrar que a estação é conhecida pelo aumento na quantidade de precipitação nas regiões em comparação ao inverno. Outubro e novembro, que também são meses chuvosos, devem ficar mais “equilibrados”, ou seja, dentro da média, nos pontos mais próximos ao Litoral e abaixo no Oeste por conta de uma famosa característica em uma porção do Oceano Pacífico: a La Niña.

Oficialmente para a ciência não é possível que o fenômeno se forme em tão pouco tempo, já que são necessários cinco meses consecutivos com a temperatura da água abaixo de -0,5ºC para que haja uma La Niña. No entanto, subiu para 56% a possibilidade de formação do fenômeno durante a primavera, conforme o relatório da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos.

Esse resfriamento causa trocas diferentes com a atmosfera em relação ao aquecimento (El Niño) e interfere no clima global. Santa Catarina deve sofrer a influência de duas formas principais: com tendência de menos chuva no Oeste (na faixa Leste a circulação marítima deve ajudar a manter os volumes perto da média para o período) e aumentar o risco de fortes temporais, principalmente em novembro.

Continua depois da publicidade

Já com relação às temperaturas, os especialistas acreditam que elas ficarão dentro da média no trimestre, exceto no Oeste, que junto com a diminuição das chuvas deve presenciar dias mais quentes que o habitual.

A “pseudo” La Niña deve voltar a dar lugar à neutralidade em 2026. Até lá, claro, o comportamento oceano-atmosférico pode mudar completamente. Atualizações são feitas mensalmente por pesquisadores de diversos países.

Entenda o La Ninã em 10 passos

Leia mais

Bilionário surpresa no Top 100 do Brasil criou império dos shoppings centers em SC