A vacina contra a gripe, que atualmente está disponível para grupos prioritários na rede pública de saúde, tem tido uma grande busca nas últimas semanas em clínicas e laboratórios privados de Florianópolis. Nesta quinta-feira (1º), a capital catarinense decretou situação de emergência em saúde pública por conta do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade.
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No Laboratório Santa Luzia, que atende em diversos bairros da capital, as doses da vacina contra a gripe estão em falta. Segundo o laboratório, não há informações de quando eles receberão novas doses. A procura pelo imunizante tem sido grande, e os valores das vacinas quando disponíveis podem variar, sendo eles:
- Vacina gripe tetravalente: R$ 89,00
- Vacina gripe Efluelda: R$ 269,00
A Clínica Infantil Tio Cecim, no Centro, afirma que está com bastante procura na campanha da vacina contra a gripe deste ano. Contudo, por terem recebido lotes com uma quantidade alta de doses não tem registrado falta. Atualmente, eles contam com duas opções de imunizantes, que são:
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- Gripe Tetravalente 2025 – Tradicional: R$ 139,90 no cartão; R$ 129,90 no dinheiro ou pix
- Gripe Efluelda 2025 – High Dose: R$ 139,90 no cartão; R$ 129,90 no dinheiro ou pix
Ambas as vacinas são compostas pelas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2) e as duas cepas de Influenza B. A Efluelda promete ter quatro vezes mais antígenos e é indicada para pessoas acima de 60 anos.
A Imunizar Vacinas, com três unidades na Grande Florianópolis, afirma que a procura tem sido grande, e que também disponibiliza duas versões da vacina. São elas:
- Vacina gripe tetravalente: R$150,00 à vista (PIX, débito ou dinheiro); R$160,00 no crédito (parcelado em até 3x)
- Vacina gripe Efluelda: R$ 299,00 crédito ou 279,00 à vista
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A rede de farmácias Panvel afirmou que está com estoque de vacinas nas lojas vacinadoras, que aplicam imunizantes. São quatro tipos de imunizantes disponíveis:
- Gripe 60+ Efluelda Sanofi
- Influvac Abbott
- Vaxigrip Sanofi
- Arexvy
Os valores podem variar e a Panvel recomenda consultar diretamente nas lojas ou canais digitais da rede. O atendimento ocorre por ordem de chegada, mas é possível realizar agendamento antecipado. Além das vacinas da gripe tetravalente, a Gripe 60+ Efluelda Sanofi é a vacina recomendada para o público a partir dos 60 anos, e a Arexvy imuniza contra o vírus sincicial respiratório (VSR).
Vacinação contra a gripe na rede pública
A vacina contra a gripe está disponível na rede pública de saúde de Florianópolis para os grupos prioritários, que incluem crianças pequenas, gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas ou deficiência, e trabalhadores da saúde, educação, segurança e transporte.
Na capital, a população pode se vacinar em todos os centros de saúde, no espaço Imuniza Floripa, na van de vacinação e na sala de vacinação parceira do SESC. A partir de do dia 12 de maio, a vacinação será aberta para toda a população acima de 6 meses.
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Segundo a Secretaria de Saúde, entre os dias 7 e 28 de abril foram aplicadas 35.893 doses da vacina contra a gripe na capital. Desse número, 21.742 foram em idosos, 1.942 em crianças de seis meses a menores de seis anos e 253 em gestantes.
Outras 11.956 doses foram aplicadas nas outras categorias inseridas no grupo prioritário, que incluem:
- Profissionais da Saúde;
- Professores do ensino básico e superior;
- Povos indígenas;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança, de salvamento e Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade) ou deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso)
- Portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade;
- Adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Situação de emergência em saúde
A prefeitura de Florianópolis declarou situação de emergência em saúde pública por conta do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na quinta-feira (1º). O decreto publicado é válido por 180 dias.
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A capital catarinense já registrou mais de 400 casos relacionados à doença. Como resultado, o número de internações hospitalares cresceu no município, e as unidades de saúde ficaram superlotadas. De acordo com a prefeitura, houve um aumento de 84,59% nos atendimentos pediátricos e de 42,55% nos atendimentos clínicos adultos relacionados a infecções respiratórias entre janeiro e abril deste ano.
Ainda, entre março e abril, a cidade registrou crescimento em transferências das UPAs para os hospitais equivalente a 260%. O decreto de emergência autoriza medidas emergenciais facilita a compra de insumos para prevenção e tratamento. Sheila Araújo, assessora de serviços hospitalares, urgências e emergências da Prefeitura de Florianópolis, explica que o crescimento nos casos aumenta a demanda de insumos, materiais e profissionais nesse período.
— Nós temos um aumento na utilização de medicamentos, as próprias máscaras, luvas, enfim, todos os insumos necessários para o tratamento, aquisição de equipamentos, se forem necessários, ampliação de cargo horário dos nossos profissionais em saúde para um melhor atendimento da população, contratação de profissionais, tudo isso de forma ágil e que venha atender as necessidades da maneira mais imediata possível — detalha.
No Hospital Infantil Joana de Gusmão, mais de 450 internações foram registradas esse ano por causa de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os profissionais de saúde alteram para a importância de procurar a vacinação, que pode ajudar a prevenir e reduzir casos graves da doença.
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— É fundamental essa vacinação. Nós precisamos conter uma possível epidemia, nós podemos pensar no outro. Quando eu me vacino, eu não estou pensando somente em mim. Eu estou protegendo a quem eu amo — explica Sheila.
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