Garrafas pet que iriam para o lixo se transformam em pranchas de surfe, sustentabilidade e inclusão em um projeto em Garopaba, no Sul do Estado. Depois de uma criação no Havaí, o casal Carolina Scorsin e Jairo Lumertz começou a levar as pranchas ecológicas para escolas de todo o país, como forma de conscientização sobre o meio ambiente.
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Surfista desde criança e shaper de pranchas de surfe, Jairo criou a primeira prancha de garrafas pet em 2007, quando morava no Havaí. Quando ele voltou ao Brasil, conheceu Carolina e logo mostrou a ideia para ela:
— Ele me contou da prancha de garrafa pet e fiquei muito encantada, comecei a juntar garrafas aqui no Brasil, então a gente criou a primeira prancha que já foi um sucesso — relembra.
As pranchas são feitas com uma base de poliuretano, canos de PVC, lixa, cola e EVA escolar. Carolina explica que o desempenho das pranchas no mar tem maior dificuldade, o que a diferencia de uma prancha comum.
— Ela é mais difícil, a gente costuma dizer que quem inicia numa prancha de garrafas pet pode ser um bom surfista. Mas ela é uma prancha que tem uma boa flutuação e isso faz facilmente ela surfar — afirma.
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Há 13 anos, o projeto Eco Garopaba realiza um festival de pranchas em garrafas pet. Nesse ano, o evento deve acontecer no Rio de Janeiro.
Educação ambiental com pranchas de garrafa pet
Carolina conta que, logo que o projeto surgiu, veio a ideia também de levar as pranchas para as escolas, já que Jairo tem uma grande ligação com a natureza e com as crianças. Já na primeira escola a visita foi um sucesso e há 14 anos o casal roda o Brasil, tendo passado por 17 estados e mais de 90 cidades com a iniciativa.
— A prancha se torna uma ferramenta pra gente poder falar com tantas crianças por esse Brasil, sobre educação ambiental, sobre incentivo ao esporte — explica Carolina.
Durante esse tempo, mais de 30 mil garrafas que iriam poluir o meio ambiente foram retiradas pelo projeto, que atua de forma lúdica para levar conscientização ambiental pelo país.
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O projeto atua com diferentes ações como palestras, limpeza de praia e criação de quadros a partir do lixo plástico retirado nessas limpezas. Os quadros também são vendidos para arrecadar fundos. Ainda, o grupo atua com pessoas com deficiência, utilizando uma cadeira adaptada na prancha. A sede do projeto fica localizada na Praia da Barra, em Garopaba.
O projeto é inscrito na Lei do Incentivo ao Esporte, que possibilita as saídas para levá-lo até as escolas. Uma vez por mês o casal vai até um município e realiza palestras, oficinas e aulas práticas no local.
— O projeto é o nosso projeto de vida. A gente ama muito o que faz — finaliza.
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