“Promissora”: Quem era a ex-atleta de futsal morta a tiros após suposto assédio em Chapecó

Patrícia Ribeiro, de 21 anos, foi identificada como a vítima do assassinato a tiros depois de, supostamente, confrontar um homem por um possível assédio a uma amiga na madrugada deste sábado (7), em Chapecó. Ela estava em um carro com outros três amigos quando dois homens pararam ao lado do veículo e começaram a fazer provocações banais. Ao confrontá-los, a jovem foi atingida por três tiros, tentou pedir ajuda, mas morreu no local.

Natural de Concórdia, ela era ex-atleta de futsal e futebol feminino, tendo participado de diversas competições representando a Associação Concordiense de Futsal Feminino (ACOFF). Em nota, a associação lamentou a morte da ex-integrante do time e destacou que ela era “multicampeã”.

“Atleta promissora”

Amigos lamentaram a morte de Patrícia e a descreveram como uma “atleta promissora”. Uma colega de Patrícia fez homenagens em uma rede social, chamando a ex-atleta de “nossa capitã”.

“Conquistou o mundo com seu jeito natural e bom de ser. Descanse em paz, nossa capitã”, escreveu.

Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento.

Discussão e assassinato

O caso ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da cidade por volta das 5h. De acordo com a Polícia Civil, a jovem e outras três pessoas saíram durante a noite de sexta-feira (6) de Concórdia, cidade natal da vítima, para uma confraternização em Chapecó. Já durante a madrugada, o grupo de amigos resolveu parar em um local para comprar comida.

Foi neste momento, segundo a polícia, que dois homens, que estavam em um carro, pararam ao lado do veículo em que a jovem estava e começaram a fazer provocações banais. A vítima, então, ficou nervosa devido aos comentários, saiu do carro e confrontou os homens.

Ainda de acordo com a polícia, um dos suspeitos também saiu do veículo para continuar a discussão e, durante a briga, sacou uma arma e efetuou vários disparos. A mulher foi atingida por três tiros nas regiões lombar, cervical e axilar do corpo.

A vítima chegou a correr para o outro lado da avenida em busca de ajuda, mas caiu poucos metros depois. O Corpo de Bombeiros Militar informou que ela foi encontrada em parada cardiorrespiratória, com procedimentos de reanimação cardiopulmonar sendo realizados. Porém, a jovem não resistiu e morreu ainda no local.

Após o crime, os ocupantes do veículo envolvido fugiram e não foram localizados.

De acordo com o delegado Deonir Moreira Trindade, da Delegacia de Homicídios de Chapecó, o caso não é tratado como feminicídio, mas como homicídio qualificado. Além disso, a suposta situação de assédio, que teria motivado o assassinato, ainda será investigada pela Polícia Civil.

“Esse foi possivelmente o motivo do conflito”, disse o delegado em nota.

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