O ciclone que se forma em alto-mar entre as regiões Sul e Sudeste motivou a emissão de alertas laranja e vermelho em sete estados brasileiros e no Distrito Federal, segundo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O comunicado é válido a partir das 10h desta sexta-feira (7).

Continua depois da publicidade

A previsão indica que o ciclone deve provocar chuvas intensas, rajadas de vento que podem ultrapassar os 100 km/h, além de granizo, alagamentos, queda de árvores e interrupções no fornecimento de energia.

Segundo alerta emitido pela Defesa Civil de Santa Catarina, as regiões mais afetadas do Estado a partir desta sexta-feira (7) são o Oeste e partes da Serra, Vale do Itajaí e Planalto Norte. Ambas estão em alerta vermelho, com risco de tempestades severas.

Veja as áreas que devem ser afetadas pelo ciclone

Região Sul

Segundo a Defesa Civil, em Santa Catarina, o risco é alto a muito alto para ocorrências como destelhamentos, enxurradas e danos à rede elétrica. As instabilidades devem se intensificar ao longo desta sexta-feira (7), com maior impacto no Grande Oeste e Planaltos, avançando entre o fim da tarde e a noite para a Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Litoral Norte. A madrugada de sábado (8) deve ser marcada por ventos mais fortes no litoral, com o mar agitado e risco de ressacas.

De acordo com o MetSul, no Rio Grande do Sul, o ciclone deve ingressar pelo noroeste do estado na manhã de sexta-feira (7), alcançar a Grande Porto Alegre à noite e seguir em direção ao Litoral Norte entre a madrugada e a manhã de sábado. As rajadas de vento podem ultrapassar os 100 km/h, especialmente em áreas serranas e litorâneas. O Inmet alerta, ainda, para acumulados elevados de chuva, com risco de alagamentos, transbordamento de rios e deslizamentos de encostas.

Continua depois da publicidade

O Paraná também está em alerta, com previsão de temporais no Sudoeste e metade Sul do Estado. As rajadas de vento podem chegar a 85 km/h, com risco de granizo, alagamentos e danos estruturais. A agitação marítima no litoral paranaense é outro fator de preocupação para o fim de semana.

Sudeste

De acordo com o Inmet, no Sudeste, os efeitos do sistema devem ser sentidos principalmente em São Paulo e Minas Gerais, com aumento da instabilidade no fim da sexta-feira (7). A previsão indica temporais à tarde e à noite, favorecidos pelo calor que predomina durante o dia. Em São Paulo, há risco de rajadas de vento de até 100 km/h, alagamentos e descargas elétricas.

Centro-Oeste

No Centro-Oeste, o avanço da frente fria e o fluxo de umidade amazônica favorecem temporais em Mato Grosso do Sul, que deve ser o estado mais afetado da região, com rajadas de até 85 km/h, conforme o Climatempo. Em Goiás e no Distrito Federal, os impactos são menores, mas com ventos que devem variar entre 40 km/h e 60 km/h, com risco de chuva forte e raios em áreas isoladas.

Mapa do caminho do ciclone que afeta o Brasil neste final de semana (Foto: MetSul, Reprodução)

Recomendações da Defesa Civil

Entenda o fenômeno

Santa Catarina deve enfrentar chuva intensa e ventos fortes entre a próxima sexta-feira (7) e o sábado (8), com a formação de um ciclone próximo à costa do Estado. O fenômeno é comum nesta época do ano, mas chama atenção pela proximidade com o continente e pela intensidade dos efeitos previstos, segundo meteorologistas da Defesa Civil e da Epagri/Ciram.

Continua depois da publicidade

De acordo com a Defesa Civil, o ciclone irá se originar em um sistema de baixa pressão localizado no continente, entre Santa Catarina e o Paraná, e ganhará força no oceano. Normalmente, os ciclones que atingem o Estado têm origem no oceano, entre Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.

— Os ciclones extratropicais são muito comuns sobre o oceano. Este se forma sobre o continente da região Sul do Brasil. Por isso que ele é mais difícil de ocorrer dessa forma e também, normalmente, é muito impactante quando ele se forma sobre o continente. Porque provoca muita chuva, vento, raio, granizo — diz Marcelo Martins, da Epagri.

*Com informações do Globo Rural