O papa Francisco deixa como legado um pontificado marcado não apenas por gestos simbólicos e posições sociais, mas também por uma ampla reestruturação econômica dentro da Santa Sé. Com firmeza, o pontífice argentino fez da moralização das finanças vaticanas e da redução do seu crescente déficit orçamentário uma de suas principais frentes de atuação.
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Em novembro de 2024, o papa decretou a redução em quase 10% dos salários dos 18 cardeais que chefiam os dicastérios da Cúria Romana. Além disso, determinou o fim da cobertura de custos com secretariado pessoal e outras despesas operacionais desses altos membros da hierarquia eclesiástica. A decisão afetou diretamente os cardeais que ocupam cargos executivos no Vaticano.
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Déficit milionário da santa sé
Os cortes salariais ocorreram em meio a um crescente desequilíbrio financeiro enfrentado pelo Vaticano. Em 2023, o déficit orçamentário ultrapassou os 83 milhões de euros. A situação se agravou com a queda de receitas e o aumento das despesas administrativas.
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Preocupado com esse cenário, Francisco enviou uma carta a todos os cardeais em setembro de 2024, solicitando apoio ativo na contenção de gastos. E com a contenção orçamentária o salário de um cardeal foi finalmente definido.
Segundo informações do site francês Capital, o salário de um Cardeal ficou aproximadamente em 5.000 euros (cerca de R$ 33 mil).
Frases marcantes do Papa Francisco
*(Foto: Tânia Rego, Agência Brasil | Artes: Pablo Brito, NSC Total)
Papa Francisco teve um pontificado voltado à ética econômica
Desde o início de seu papado, o papa Francisco demonstrou preocupação com a ética nas finanças da Santa Sé. Para ele, a Igreja deveria dar o exemplo de responsabilidade fiscal e solidariedade, abandonando práticas consideradas excessivas ou incompatíveis com sua missão pastoral.
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As reformas econômicas implantadas por Francisco foram recebidas com reações mistas dentro do Vaticano, mas marcaram uma mudança histórica na forma como o poder central da Igreja Católica lida com seu orçamento.
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