O ministro Edson Fachin toma posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (29). O ministro Alexandre de Moraes será empossado como vice-presidente.

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Natural de Rondinha (PR), Luiz Edson Fachin tem 67 anos e integra o Supremo desde junho de 2015, indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para a vaga aberta com a aposentadoria de Joaquim Barbosa.

Nesse período, o magistrado esteve à frente de casos polêmicos, como a anulação das condenações de Lula na Lava-Jato e a definição dos nomes de investigados pela mesma operação que apurou escândalos de corrupção na Petrobras.

Antes de chegar ao tribunal, construiu carreira marcada pela atuação acadêmica e jurídica. Ele exerceu o cargo de procurador do Estado do Paraná entre 1990 e 2006 e atuou por décadas na advocacia. Ele participou da comissão do Ministério da Justiça encarregada da Reforma do Poder Judiciário e colaborou no Senado na elaboração do novo Código Civil brasileiro.

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Fachin é professor titular de Direito Civil da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e autor de diversas obras jurídicas.

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Conhecido pelo perfil técnico e discreto, Fachin terá como missão conduzir o Supremo em meio a um cenário de forte tensão entre a política e o Judiciário, segundo pessoas próximas ao ministro. Elas também acreditam que Fachin tende a seguir os passos da ex-presidente Rosa Weber, adotando uma conduta pautada pela discrição, pelo espírito colegiado e pelo respeito às normas institucionais.

Existe a expectativa de que o novo presidente imprima um estilo mais discreto e evite os holofotes midiáticos, diferente da gestão do ministro Luís Roberto Barroso. Fachin evita entrevistas, declarações à imprensa e participações em eventos de caráter político.

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No entanto, o ministro deve ser firme em pautar temas sociais e que avalia relevantes para o país. Em agosto, durante um seminário, Fachin afirmou que assumirá uma “responsabilidade institucional imensa” e disse que buscará o “equilíbrio” em sua gestão.

*Com informações da CNN Brasil

**Sob supervisão de Pablo Brito

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