Monique Elias, ex-mulher do empresário Itamar Serpa Fernandes, fundador da Embelleze, é suspeita de manipular e desviar R$ 122 milhões do patrimônio do “Seu Embelleze”, como era conhecido o empresário, que morreu em julho de 2023. A informação foi divulgada neste domingo (16) pelo Fantástico. 

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Segundo as investigações, Monique teria criado um perfil falso na internet, com o nome de Jéssica Ferrer, para influenciar decisões do empresário e se aproximar da fortuna dele. Na rede social, o perfil fake ostentava uma vida de luxo. 

O caso começou através de e-mails, quando a mulher, doce e atenciosa, dizia que precisava falar verdades importantes para o empresário. 

“Ninguém no seu ambiente de trabalho é de sua inteira confiança”, diz o trecho de um e-mail. As mensagens virtuais conseguiram criar intrigas e afastar Itamar dos filhos e dos amigos, além de influenciar o empresário em decisões financeiras. 

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— Ela idealizou uma estratégia deliberada e prolongada de manipulação e isolamento praticada contra o Itamar — afirma o delegado João Valentim Netto, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. 

Monique, segundo os investigadores, teria passado 10 anos manipulando o dono do império do ramo da beleza. As chantagens finais contaram com a ajuda do filho dela, João Carlos Tavares da Mata Serpa, e de Matheus Palheiras, com quem estava casada até o início deste ano. 

— Foi um trabalho de anos, um trabalho de desconstrução de membros da família, de desconstrução da própria integridade mental do Itamar — afirma o advogado, Alexandre Costa da Silva.

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Desvio milionário 

Itamar foi hospitalizado com sangramentos no fígado no dia 8 de junho de 2023. Na época, Monique proibiu a visita de quase todos os filhos e irmãos.  

A polícia conseguiu identificar 21 transferências financeiras no valor de mais de R$ 400 mil, retirados da conta de Itamar por João, o filho de Monique, sem autorização na época em que ele estava internado. No total, os membros da família desviaram R$ 122 milhões de Itamar por meio de transferências bancárias, compra e venda de imóveis, alteração na apólice de seguros e fraude no testamento.

Os três foram indiciados pelo crime de estelionato, furto mediante fraude e por associação criminosa, e são investigados por suspeita de lavagem de dinheiro.

Itamar Serpa morreu no dia 18 de julho, depois de não resistir a uma cirurgia.

O que dizem os suspeitos

Em nota, Monique Elias lamenta que “mais uma vez, uma mulher honesta, que construiu família e tem três filhos do falecido, esteja sendo vítima de uma campanha para assassinar a sua reputação e ceifar a sua dignidade, antes do devido processo legal”. 

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Ela ainda afirma que conduzirá a Justiça brasileira a dizer não mais uma vez para a misoginia, o etarismo e tantos preconceitos sofridos pelas mulheres de todo o Brasil, fazendo com que a verdade prevaleça.

O Fantástico tentou contato com a defesa de Matheus e João, mas não obteve retorno.

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