Os turistas argentinos já são presença confirmada e conhecida nas praias de Florianópolis durante a temporada de verão. No último ano, de acordo com um levantamento da Fecomércio SC, eles representaram 28,8% do total de visitantes da temporada, e seguem mantendo o título de campeões entre os visitantes internacionais, que foram 35,2% do total de turistas.

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As praias do Norte da Ilha são as preferidas desse público, especialmente Canasvieiras, que já ficou conhecida como “praia dos argentinos” com o espanhol quase que como um segundo idioma durante o verão, as camisetas da seleção argentina ou de clubes como River Plate e Boca Juniors presentes, e o tradicional “mate”.

De olho nos costumes desse público ao curtir um dia de praia, quiosques em Jurerê Internacional decidiram se adaptar. Além de desenrolar o “portunhol” nos atendimentos, a equipe incluiu no cardápio um novo item: a água quente.

Como é um dia de praia em Jurerê Internacional

Wagner Ibias Ferreira, que trabalha em um dos quiosques da praia de Jurerê Internacional, conta que a “água quente” começou a ser vendida no local a partir dos pedidos dos clientes. Acostumados a beber um chimarrão ou mate na praia, eles pediam para ferver uma água para a bebida, o que se tornou um produto.

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— Como vinha bastante pedido, a gente resolveu pôr no cardápio, para já ter um valor, porque de início eles queriam gratuito. Não é pelo valor da água, mas sim pelo tempo que a gente perde — explica.

Já são cerca de sete anos que o item está no cardápio. Atualmente, o valor da “água quente” nos quiosques em Jurerê é de R$ 20. O processo de preparo é simples, como seria em casa para preparar um chimarrão, com uma chaleira elétrica sendo usada para ferver a água que depois é utilizada para o preparo da bebida.

Com um número de gaúchos também expressivo entre moradores e visitantes de Florianópolis, outra surpresa é também que os moradores do Rio Grande do Sul não são os principais compradores do produto, segundo Wagner, e sim os “hermanos” argentinos.

— Argentina mais do que os gaúchos, com certeza — destaca Wagner.