A história da empresa remonta à década de 1960, quando Rosalino Mazuco, impulsionado pela necessidade de sustentar a família e pelo espírito empreendedor, fundou uma serraria ao lado de seus irmãos.
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Santa Catarina é um dos principais produtores de madeira do país, e o setor madeireiro tem papel fundamental para a economia do estado. Segundo a Associação Catarinense de Empresas Florestais e o Observatório da Fiesc, em 2021, a indústria da madeira foi responsável por mais de 20% das exportações catarinenses, ficando atrás somente do setor de carnes.
No entanto, mesmo com tamanha vocação para os negócios, os obstáculos para quem empreende são constantes e, para a família Mazuco não foi diferente: ao longo destes anos, Rosalino, sua esposa e seus filhos enfrentaram muitos desafios.
Um dos momentos mais críticos ocorreu em 1974, quando a enchente do Rio Tubarão devastou a região, comprometendo a subsistência de muitas famílias, incluindo os Mazuco. Sem recursos para reconstruir a serraria, ele e sua esposa, Ivone, precisaram buscar alternativas e encontraram na agricultura um meio para garantir o sustento da família.
Apesar da mudança forçada, a paixão pela madeira permaneceu. Nos anos 1980, Rosalino percebeu a crescente escassez de madeira nativa e iniciou o plantio de eucaliptos, um investimento que se mostraria essencial para a retomada dos negócios.
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William Mazuco, filho de Rosalino e um dos sócios da madeireira que leva o nome da família, conta que desde criança, percebia o quanto ficava feliz sempre que passava pela floresta de eucaliptos.
— E de lá pra cá, muitas outras florestas foram plantadas, sempre visando o bom manejo, para que se tenha o melhor resultado — pontua William.
A relação com a floresta de eucaliptos fez brotar em William e em seu irmão Rivelino a vontade de continuar atuando no setor madeireiro.
De pai para filhos
Em 2010, William e Rivelino Mazuco decidiram reviver os sonhos do pai e criaram uma madeireira sob um novo conceito: atuar com madeira de reflorestamento, priorizando a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.
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Assim surgiu a Madeireira Mazuco, especializada na produção de pranchas e tábuas de alta qualidade, adotando um rigoroso processo de secagem natural que dura de 10 a 12 meses, garantindo um produto de qualidade superior, pronto para ser utilizado em diferentes processos.
Logo nos primeiros anos, o crescimento do negócio enfrentou alguns problemas, como a inadimplência de clientes e as dificuldades para encontrar bons parceiros e mão de obra qualificada.
Para superar esses desafios, a empresa investiu em automação e desenvolveu, em parceria com um fabricante de equipamentos, uma máquina especializada que otimiza a produção com mínima intervenção humana. Esse diferencial tecnológico garante mais eficiência e qualidade ao produto final.
Isso se reflete no aumento da produção: hoje, a madeireira possui um estoque de aproximadamente mil metros cúbicos de madeira pronta para entrega, além do estoque em processo de secagem. Nos últimos quatro anos, a empresa registrou um crescimento médio de 30%, consolidando-se como referência estadual no setor.
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— Desde o início, sempre tivemos a consciência de que precisamos de boas parcerias para que a gente possa dividir conhecimentos e trocar experiências. E, com o passar do tempo, com mais experiência no mercado e sempre buscando novas parcerias, as coisas estão dando certo! Seguimos com o nosso objetivo de sempre buscar bons parceiros comerciais, fornecedores e clientes — explica William Mazuco.
Crescimento dos negócios sem perder a essência familiar
Mesmo em fase de expansão dos negócios, os sócios da Madeireira Mazuco fazem questão de manter o caráter familiar da empresa
Segundo William, a madeireira permanece fiel aos princípios estabelecidos por Rosalino Mazuco, e passado a seus filhos: qualidade, compromisso com as entregas e parcerias sólidas.
Ele reforça que a busca por fornecedores e funcionários alinhados a esses valores é uma estratégia para manter a confiança dos clientes e a estabilidade do negócio.
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O legado da Madeireira Mazuco vai além da produção de madeira: representa a história de uma família que soube se reinventar, superar desafios e transformar um sonho em realidade, para orgulho do de Rosalino e Ivone, hoje com 90 e 85 anos, respectivamente. E o futuro segue promissor, guiado pelo trabalho duro, pela inovação e pelo respeito às raízes.