A reunião do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou reações de entidades do setor produtivo ao longo deste domingo (26) e definiu quais devem ser os próximos passos da negociação entre os países sobre as tarifas e sanções aplicadas pelo governo norte-americano nos últimos meses.

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma das instituições que se manifestou, considerou o encontro um avanço para reverter o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. “O diálogo entre os dois líderes representa um avanço concreto nas tratativas bilaterais e reforça o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos”, afirmou a entidade, em nota.

A Associação Brasileira do Café (Abic), um dos produtos que estão no alvo da polêmica das sobretaxas dos EUA, também considerou o encontro positivo e se mostrou otimista. ” As relações de longo prazo entre Brasil e Estados Unidos permitirão uma reavaliação equilibrada e responsável dessas tarifas”, afirmou.

Negociação imediata

Após a reunião entre Trump e Lula, os próximos passos devem ser rodadas de negociação entre autoridades dos dois governos para negociar o possível fim das sanções e das tarifas aplicadas contra o Brasil. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou a jornalistas após a reunião que a fase de negociações deve começar com uma reunião prevista ainda para a noite deste domingo, no horário da Malásia. O pedido de reunião neste mesmo dia teria sido feito por Lula e foi acolhido pelo governo norte-americano, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Uma das expectativas é de que medidas como a suspensão das tarifas durante a fase de negociação possam ser anunciadas nos próximos dias.

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Ao sair do encontro, o próprio Trump afirmou que as tarifas “poderiam ser resolvidas muito rapidamente”, o que elevou a expectativa do governo brasileiro de um desfecho breve para a negociação.