A Operação Mensageiro, deflagrada pela primeira vez em 6 de dezembro de 2022, entrou na 6ª fase nesta terça-feira (19), com mandados de prisão, além de busca e apreensão em 11 cidades de Santa Catarina. No total, 17 prefeitos catarinenses já foram presos em investigações que apuram um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na coleta e destinação de lixo, abastecimento de água e iluminação pública no Estado.
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Na nova fase da operação, as cidades de Rio do Sul, Blumenau, Imbituba, Florianópolis, Gaspar, Bombinhas, Laguna, Braço do Norte, Palhoça e Imaruí foram alvos das investigações. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 36 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos de buscas estão o ex-prefeitos José Thomé (PSD), de Rio do Sul, e Roberto Kuerten Marcelino (PSD), de Braço do Norte.
Os alvos do mandado de prisão nesta terça-feira foram três empresários que, segundo o MPSC, continuariam a cometer atos ilícitos dentro das investigações do escândalo do lixo. Nenhum prefeito foi preso na 6ª fase da Operação Mensageiro.
Entre dezembro de 2022 e abril de 2024, 17 prefeitos ou ex-prefeitos catarinenses foram presos preventivamente nas cinco primeiras fases da operação.
Relembre as fases da Operação Mensageiro
Primeira fase
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A primeira fase da Operação Mensageiro foi deflagrada em 6 de dezembro de 2022. Nesta etapa foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 de busca e apreensão nas regiões Norte, Sul, Vale do Itajaí e Serra.
A operação prendeu três prefeitos catarinenses por suposto envolvimento no recebimento de propinas: Deyvisonn Souza (MDB), de Pescaria Brava, Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, e Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul. Dois dias depois das primeiras três prisões, o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), foi alvo de um pedido de prisão preventiva após voltar de uma viagem de férias.
Segunda fase
Deflagrada em 2 de fevereiro de 2023, na segunda fase foram cumpridos quatro mandados de prisão e 14 de busca e apreensão no Sul e na Serra catarinense. Ela foi um desdobramento das provas colhidas com as primeiras prisões, em dezembro de 2022.
Principais alvos:
- Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages
- Vicente Corrêa Costa (PL), prefeito de Capivari de Baixo
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Terceira fase
Essa etapa foi deflagrada em 14 de fevereiro de 2023. Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, todos em cidades do Sul de SC.
Principais alvos:
- Joares Ponticelli (PP), prefeito de Tubarão
- Caio Tokarski (União Brasil), vice-prefeito de Tubarão
Quarta fase
Foi deflagrada no dia 27 de abril de 2023, com o cumprimento de 18 mandados de prisão e 65 de buscas nas regiões Sul, Planalto Norte, Alto Vale e Vale do Itapocu. As ações ocorrem em Massaranduba, Imaruí, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte e Presidente Getúlio.
Quinta fase
A 5ª fase da Operação Mensageiro foi deflagrada no dia 29 de abril de 2024. Nessa etapa, as cidades de São João do Itaperiú, no Norte do Estado, e Porto Belo, no Litoral Norte, se tornaram alvo das investigações. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão.
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Na ocasião, o prefeito de São João do Itaperiú, Clezio Fortunato (MDB), e o vice-prefeito, Jaime Antônio de Souza (PL) foram presos na operação. Além disso, o deputado estadual Emerson Stein (MDB), ex-prefeito de Porto Belo, foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Dessa vez, o fato investigado foi o de prestação de serviços de abastecimento de água e de iluminação pública nesses municípios.
Principais alvos:
- Clezio Fortunato (MDB), prefieto de São João do Itaperiú
- Jaime Antônio de Souza (PL), vice-prefeito de São João do Itaperiú
Sexta fase
Deflagrada nesta terça-feira (19), sexta fase da Operação Mensageiro apurou os crimes contra a Administração Pública, incluindo corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de capitais.
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Foram presos preventivamente empresários suspeitos de manter as práticas ilícitas, e cumpridas medidas de busca e apreensão contra servidores, ex-servidores e agentes políticos, incluindo ex-prefeitos de Braço do Norte e Rio do Sul.
Na fase atual da investigação, o MP diz que “busca aprofundar a colheita de provas relativas a contratos de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos em diversas regiões do Estado, nos quais se apuram indícios de atuação de agentes públicos e particulares em esquema criminoso estruturado”.
Veja em vídeo como era o esquema da propina do lixo em SC
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