A Justiça de Santa Catarina negou nesta terça-feira (23) quatro pedidos de habeas corpus de investigados na Operação Oxigênio que tiveram a prisão preventiva decretada no começo do mês. Eles são acusados de envolvimento na compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões pelo governo de SC.
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Foram negados os pedidos de Pedro Nascimento Araújo (dono da Veigamed), Fabio Guasti (médico e empresário que intermediou a compra entre o governo de SC e a empresa), Davi Perini Vermelho (vereador de São João do Meriti-RJ que mantinha negócios com a Veigamed) e Cesar Augustus Thomaz Braga (representante jurídico da Veigamed).
Dos quatro citados, somente Pedro não está preso ainda. A prisão preventiva dele foi decretada no dia 4 de junho e deveria ter sido cumprida no dia 6, junto dos outros envolvidos, mas ele está foragido desde então. Os outros nomes ligados à Veigamed foram detidos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Os pedidos foram analisados pelo desembargador Ernani Guetten de Almeida e rejeitados por unanimidade. O desembargador destacou que os indícios de autoria e de materialidade estão “amplamente demonstrados pelos elementos angariados, que apontam a participação dos investigados em negociações escusas entabuladas com o intuito de fraudar a administração pública em período de elevada insegurança”.
Além dos quatro nomes ligados à Veigamed, também estão presos preventivamente dois catarinenses: o ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Douglas Borba, e o advogado Leandro Barros, que teria sido indicado por Borba para ajudar na negociação com a Veigamed.
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