Vou contar pra vocês uma breve passagem da minha infância nas imediações do Colégio Estadual Celso Ramos, onde fui aluno por muito tempo. A unidade ficava na Prainha, em frente ao Hospital do Exército, em Florianópolis, e minhas poucas brincadeiras fora da escola se davam, é claro, no Morro do Mocotó.
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Lembro que corríamos atrás de pipa, fazíamos as velhas brincadeiras pique-esconde e pega-pega num lugar onde poucas pessoas passavam, na chamada “cabeça do santo”, como é conhecida a estrada que passa por trás do Hospital Imperial de Caridade, um dos principais acessos para a comunidade até hoje. Pois é, o grande problema é que na época eu tinha 12 anos e hoje tenho 38.
Por incrível que pareça, a via de acesso para os moradores permanece do mesmo jeito que era na minha época: sem pavimentação, sem boca de lobo para fuga da água que escorre com as chuvas e sem condições de trânsito. Um dos moradores registrou essa foto e me enviou um desabafo:
“Nós somos da comunidade do Morro do Mocotó, estamos há anos reivindicando uma melhoria na nossa rua aqui na subida, mas parece que aos olhos do poder público ela simplesmente não existe. Com o decorrer das últimas chuvas, a situação está insustentável e estamos tentando uma ajuda por nossas causas, neste caso pavimentar a rua, porque ela dá acesso ao morro e muita gente passa por ali (trabalhadores e estudantes). Já não acreditamos mais no poder público diante de tanta promessa, o que queremos é viver com mais dignidade. Por favor Ed, você pode fazer algo por nós!”
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Diante de tal apelo, me resta implorar para a prefeitura da Capital. Por favor, tomem uma providência e levem a dignidade mínima que estes moradores reivindicam.
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