Jair Bolsonaro (PL) acompanha a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode levar à sua condenação, nesta terça-feira (2), em casa, em Brasília, acompanhado pelos filhos. O ex-presidente não compareceu ao julgamento por problemas de saúde, de acordo com os advogados. As informações são do jornal O Globo.
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No condomínio onde vive, Bolsonaro recebe os vereadores Carlos Bolsonaro (PL, do Rio de Janeiro) e Jair Renan (PL, de Balneário Camboriú). O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que está no Congresso, não participaram do encontro familiar.
Ainda segundo o jornal, a família se reúne em volta da televisão. A esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, chegou a preparar quitutes para eles acompanharem o julgamento.
A situação atual de Bolsonaro
Michelle acompanha julgamento na sede do PL
Já Michelle Bolsonaro acompanha a sessão na sede nacional do PL, em Brasília. No local, a cúpula do partido organizou uma espécie de “quartel-general” para monitorar o caso e reagir politicamente à decisão dos ministros.
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Em uma sala reservada na sede do partido, ela acompanha o julgamento com Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, e outros dirigentes. Segundo aliados, a presença de Michelle serve para transmitir uma mensagem de unidade e força, em contraste com a imagem de isolamento que marca os dias do ex-presidente desde a prisão domiciliar.
Como será o julgamento de Bolsonaro
O julgamento de Bolsonaro e outros sete réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista acontece nesta terça-feira (2) e deve se estender por outras cinco datas já reservadas pelo STF: 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Os primeiros dias devem ser dedicados à leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, à sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que terá até duas horas para falar, e dos advogados dos oito réus, incluindo a defesa de Bolsonaro, cada um com até uma hora para manifestação.
Depois disso, o ministro Alexandre de Moraes deve apresentar a proposta de voto, em que irá pedir a condenação ou absolvição dos réus. Os demais ministros da Primeira Turma votam na sequência, em ordem de antiguidade no tribunal: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que fecha o julgamento por ser presidente da Turma.
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Quem são os réus
O núcleo de réus reúne Bolsonaro e outros sete investigados, todos ex-ministros ou cargos de primeiro escalão do governo do ex-presidente ou das Forças Armadas. Além deste grupo, chamado de “núcleo crucial do golpe”, há ainda outros cinco grupos de investigados, que totalizam 37 réus. Ainda não há data definida para os julgamentos outros núcleos.
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Investigação (Abin);
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
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