Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) reforça algo que já presenciamos constantemente nas estradas de Santa Catarina. O Estado é o campeão entre os que registram mais vítimas após colisões. Porém, está na última posição na relação entre número de mortes a cada 100 acidentes.
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Os dados, revelados nesta quinta-feira (19) dentro do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, são de 2018. No total, foram 8.494 acidentes nas BRs catarinenses, 6.731 com vítimas – ou seja, em cada dez acidentes, oito tiveram pelo menos uma pessoa ferida ou morta.
Nas ocorrências com vítimas, Santa Catarina está em 2º lugar – atrás somente de Minas Gerais, que possui a maior malha rodoviária federal do país. Só que, contando apenas aqueles ocasionados por colisão, SC vai para a ponta do ranking, com 4.684 (14,5% do total no país e quase 70% do total de acidentes no estado).
Menor índice de ocorrências graves
Só para se ter uma ideia, a quantidade de acidentes a cada 100 km de estradas sob jurisdição federal em SC é 3,5 vezes maior do que a média nacional (188 contra 82). Ainda assim, o total de acidentes no estado foi o menor dos últimos 12 anos (2007-2018) e cerca de 2 mil a menos em comparação a 2017.
Santa Catarina ocupa a 4ª posição entre os estados com mais mortes em estradas federais. Ano passado, 386 pessoas perderam a vida nas BRs. Isso representa algo em torno de seis mortes (5,7) a cada 100 acidentes – neste aspecto, SC fica em último lugar, com o menor índice de ocorrências graves.
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Já entre 2007 e 2018, a pesquisa indicou 6.168 óbitos no estado após acidentes nessas rodovias.
Líder em acidentes com motos
No balanço divulgado pela CNT, Santa Catarina aparece no topo da lista em acidentes com motociclistas nas rodovias federais, com 3.302 (13,7% do total no Brasil). Porém, em relação a quantidade de mortes, o estado cai para a 5ª posição, com 105 registros.
Os óbitos por atropelamento chegaram a 50, e oito ciclistas perderam a vida em acidentes nas rodovias federais localizadas em território catarinense ano passado.