Apesar da importância de manter uma reserva financeira, 67% dos brasileiros não possuem nenhuma economia para imprevistos, segundo uma pesquisa realizada pelo DataFolha no último ano, e apenas 6% têm investimento para manter o padrão de vida por cerca de um ano.
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Ainda de acordo com esse levantamento, somente 13% da população do país conta com um plano de previdência privada.
Esses números demonstram o quanto a maioria dos brasileiros está despreparada para o futuro, e reforça a necessidade de políticas de educação financeira e de incentivo ao investimento, principalmente porque a saúde financeira está relacionada à saúde mental e ao bem-estar.
Momento ideal de se cuidar da saúde financeira
Com o fim do primeiro trimestre, muitas pessoas se veem diante da necessidade de reavaliar suas metas financeiras. A virada do ano costuma ser um momento de promessas e planos, mas manter o foco ao longo dos meses exige disciplina e ajustes constantes.
E quando falamos em planejamento anual, quem pretende cuidar da saúde financeira e investir ainda em 2025 deve usar a virada do trimestre para começar.
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No entanto, não existe momento certo para começar a pensar no futuro e cuidar da saúde financeira. Mesmo que pareça clichê, é importante ressaltar que, embora o ideal é que esses cuidados iniciem o quanto antes, o importante é começar!
O que é saúde financeira?
Saúde financeira não significa apenas estar livre de dívidas, mas também ter controle sobre suas finanças, conseguir poupar para o futuro e lidar com imprevistos sem comprometer o orçamento.
A falta desse equilíbrio pode gerar um impacto significativo na saúde mental, aumentando os níveis de ansiedade e estresse.
De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 8 em cada 10 inadimplentes sofrem impactos emocionais negativos devido às suas dívidas.
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A importância do planejamento financeiro
Daiane Mohr, líder comercial da Warren em SC e planejadora financeira CFP®, afirma que a chave para uma boa saúde financeira é o planejamento adequado e a revisão periódica do orçamento.
— O primeiro passo para um ajuste financeiro é sempre revisar o orçamento familiar. É essencial avaliar custos, identificar oportunidades de economia e garantir que o dinheiro está sendo direcionado para seus objetivos —, pontua.
Segundo ela, o primeiro passo é revisar as despesas e garantir que os gastos estejam alinhados com os objetivos financeiros.
Uma das estratégias recomendadas é a regra 50/30/20, que divide o orçamento da seguinte forma:
- 50% para custos fixos (moradia, alimentação, contas essenciais);
- 30% para custos variáveis (lazer, entretenimento);
- 20% para investimentos e reservas.
— Um erro bastante comum é quando 80% da renda vai para custos fixos e, para equilibrar o orçamento, a pessoa corta apenas os custos variáveis. Isso pode até aliviar as finanças no curto prazo, mas compromete a qualidade de vida —, alerta Daiane Mohr.
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Erros comuns no planejamento
A líder comercial da Warren em SC explica que planejamento financeiro é, essencialmente, um planejamento de vida sob a ótica do dinheiro. Ele envolve muito mais do que apenas orçamento — mas também aposentadoria, gestão de riscos, planejamento tributário e sucessório, além de investimentos.
Por isso, depois de organizar o orçamento, o próximo passo é definir metas realistas para o curto, médio e longo prazo.
Essas metas devem estar alinhadas com sua realidade financeira e com o que se deseja conquistar. Nesse sentido, Mohr aponta os erros mais comuns na revisão trimestral:
- Não ajustar o orçamento conforme a realidade: A vida muda, e o orçamento precisa acompanhar.
- Falta de envolvimento da família: O planejamento deve ser coletivo, especialmente se a renda for compartilhada.
- Cair no imediatismo: Promoções e oportunidades surgem o tempo todo, mas nem sempre fazem sentido dentro do seu plano financeiro.
- Definir metas irreais: Objetivos inalcançáveis geram frustração e desmotivação.
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— A chave para evitar esses erros é disciplina, disciplina e disciplina. Um bom planejamento só traz resultados se for seguido com consistência ao longo do tempo —, reitera a planejadora financeira.
O impacto das finanças na saúde mental
Erros no planejamento financeiro — ou a falta dele — podem causar frustração e desmotivação, como citou Mohr, que são gatilhos para o transtorno de ansiedade, um problema que atinge mais de 18 milhões de brasileiros e coloca o país em primeiro lugar entre os países “mais ansiosos do mundo”, segundo a OMS.
Além disso, instabilidades financeiras podem desencadear culpa, raiva, desânimo, irritação e estresse. Por outro lado, problemas psicológicos também podem levar a um descontrole financeiro, gerando um ciclo vicioso de compras impulsivas e dívidas acumuladas.
Desse modo, é possível relacionar saúde financeira à saúde pública, o que torna a educação financeira uma pauta ainda mais importante.
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Como melhorar a saúde financeira?
Especialistas da Warren explicam que para melhorar a saúde financeira, é essencial adotar hábitos que garantam maior controle e estabilidade econômica.
Um dos primeiros passos é revisar o orçamento regularmente, ajustando o planejamento conforme mudanças na realidade financeira. Dessa forma, é possível manter as contas equilibradas e evitar surpresas desagradáveis.
Criar uma reserva de emergência também é fundamental, e essa quantia deve ser suficiente para cobrir, no mínimo, entre seis a doze meses de despesas fixas, garantindo segurança em momentos de imprevistos.
Outro aspecto importante é evitar compras por impulso. Antes de adquirir qualquer item, vale a pena refletir se a compra é realmente necessária, evitando gastos desnecessários que possam comprometer o orçamento.
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Paralelamente, investir no futuro é uma atitude essencial para uma vida financeira saudável. Isso inclui não apenas a construção da reserva de emergência, mas também o planejamento para a aposentadoria, seja por meio do INSS, previdência privada ou outros investimentos.
Para isso, contar com o apoio de um profissional pode ser um diferencial no processo. Consultar um planejador financeiro ajuda a definir estratégias mais eficazes e personalizadas, considerando as particularidades de cada situação. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença a longo prazo, garantindo maior segurança financeira.
Educar-se financeiramente contribui significativamente para a tomada de decisões mais conscientes. Quanto maior o conhecimento sobre finanças, mais segurança se tem para administrar o dinheiro de forma eficiente, garantindo um futuro mais tranquilo e sustentável.
 
				 
                                    