Santa Catarina adotou, a nível estadual, o programa Farmácia Solidária, para distribuição gratuita de medicamentos à população. A lei que regulamenta o programa foi sancionada na quarta-feira (6) pelo governador do Estado, Jorginho Mello (PL), e é inspirada em um sistema já existente na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
A iniciativa contará com parceria do sistema Acafe, que replicará o modelo da Unesc de Criciúma em outras universidades do Estado.
Como funcionará o Farmácia Solidária
A lei sancionada estabelece diretrizes para a política pública específica, voltada ao reaproveitamento e à doação de medicamentos, pela população e também pela empresa. As farmácias solidárias vão receber, avaliar e repassar os medicamentos à população, conforme avaliação dos profissionais responsáveis.
Além disso, segundo o texto aprovado, as farmácias vão precisar cumprir obrigações, como planejamento, desenvolvimento e implementação de práticas para o recebimento, armazenamento, dispensação e descarte de medicamentos.
Continua depois da publicidade
Medicamentos de uso controlado e antimicrobianos (como antibióticos), só poderão ser doados por pessoas jurídicas. A prioridade deve ser o atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Na Farmácia Solidária de Criciúma, todos os medicamentos disponibilizados são obtidos por meio de doações da comunidade, médicos, indústrias farmacêuticas e distribuidoras de medicamentos.
Qualquer pessoa interessada em receber medicamentos, mesmo que não more em Criciúma, precisa realizar um cadastro e apresentar uma receita médica atual. Conforme a coordenadoria do curso de farmácia da Unesc, responsável pelo projeto, a farmácia solidária arrecada por ano o equivalente a R$ 2,2 milhões em medicamentos, e devolve à sociedade o equivalente a R$ 1,6 milhão. O que não pode ser aproveitado (medicamentos vencidos, por exemplo) é descartado da forma correta.
A reitora da Unesc e presidente do sistema Acafe, Luciane Ceretta, pontua que a lei sancionada traz segurança, já que regulamenta o serviço oferecido pela universidade. Ela garante ainda que o objetivo é replicar o modelo nas demais universidades comunitárias de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
— Não vamos medir esforços para fazer essa iniciativa chegar às demais regiões, por meio das nossas universidades — afirma.
Leia também
Palácio de Buckingham divulga doença da rainha consorte Camilla
O que se sabe sobre morte de bebê durante o parto após suposta lesão por unha de gel
Internada às pressas, Preta Gil interrompe quimioterapia e passa por nova cirurgia