Santa Catarina ocupa a terceira posição entre os estados brasileiros que mais geraram empregos na indústria durante o primeiro semestre de 2025, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do total de 80,4 mil novos postos de trabalho formais criados durante o período, 42 mil foram no setor industrial.
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O desempenho entre janeiro e junho de 2025, no entanto, já mostra sinais de desaquecimento da produção. Segundo Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), a maioria dos setores industriais apresentou saldo inferior ao registrado no primeiro semestre do ano passado.
O setor de máquinas e equipamentos se destaca dentro dos setores da indústria que tiveram aumento de vagas em relação ao primeiro semestre de 2024. O ramo gerou 4,2 mil empregos no período, um aumento de 55,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado foi impactado pela produção de tratores e máquinas e equipamentos voltados à agropecuária, segundo o Observatório FIESC.
Entre os empregos industriais, a construção civil foi o segmento que mais criou vagas: 12,1 mil, com destaque para o Litoral Norte de Santa Catarina. O segmento têxtil, de confecção, couro e calçados foi o segundo na geração de empregos, com 6,1 mil novas oportunidades no primeiro semestre. De acordo o economista Bruno Haeming, o ramo se mostrou resiliente, puxado pelo consumo das famílias, a despeito da perda de fôlego da economia
— Em relação ao mesmo período do ano passado, o saldo de vagas apresentou leve recuo, refletindo sinais de moderação na atividade econômica — diz.
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O setor de alimentos e bebidas também apresentou saldo positivo de 4,2 mil empregos com carteira assinada até junho deste ano.
— Surpreendeu na análise o crescimento de vagas em atividades como produção de suplementos, granolas, misturas e alimentos voltados à praticidade e alimentos funcionais — destacou Haeming.
Serviços gerou 31,3 mil novas vagas no primeiro semestre
No primeiro semestre de 2025, o segmento de serviços gerou 31,3 mil novas vagas, enquanto o comércio criou 6,7 mil postos de trabalho formais. A agropecuária registrou saldo positivo de 385 vagas no ano até junho.
Considerando apenas junho, o segmento de serviços liderou a criação de empregos formais, com 3,3 mil vagas no mês. A indústria registrou 1,7 mil novos postos de trabalho, enquanto o comércio gerou 1 mil vagas. A agropecuária foi responsável por 489 oportunidades no período.
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