O governo de Santa Catarina envia, nesta quarta-feira (29), 20 bombeiros militares para ajudarem no combate aos incêndios que atingem o Pantanal. O bioma vem sofrendo com as queimadas neste ano, registrando um aumento de 2.094% em relação a 2023.
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O estado catarinense mandará bombeiros para as cidades de Corumbá, Miranda e Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. A operação está prevista para durar cerca de 15 dias, com a possibilidade de revezamento de equipe, caso necessário.
A equipe enviada é especializada em combate a incêndios florestais. Além dos bombeiros, o grupo conta com seis caminhonetes 4×4 e equipamentos especializados, como motobombas com reservatório de água, abafadores, sopradores, rádios de comunicação e retardantes químicos.
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Incêndios no Brasil
O alto número de focos incêndios florestais em um curto espaço de tempo levou o governo federal e a indicar a possível ação criminosa. Os incêndios estão sendo investigados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Polícia Federal. Na terça (27), o ministro Flávio Dino deu um prazo de 15 dias para que os ministérios da Defesa, da Justiça e do Meio Ambiente mobilizem efetivo “cabível” para atuar no combate ao fogo.
No Pantanal, uma das maiores áreas úmidas contínuas da Terra, apenas nos primeiros seis dias de agosto foram registrados 1.899 focos de calor. O número supera a média histórica mensal de 1.478 focos (1998-2023). O bioma enfrentou uma temporada de incêndios devastadora entre 2019 e 2021. De janeiro até domingo (25), em todo o bioma foram 8,5 mil focos de incêndio, um aumento de 2.094% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram 388 focos.
Na Amazônia, a temporada de incêndios geralmente ocorre entre junho e outubro, mas fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a floresta e se preparam para queimá-la durante todo o ano. Ainda segundo o Inpe, o bioma registrou 50 mil focos de fogo desde janeiro até agora. O número representa um aumento de 77% quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando 28 mil focos foram contados pelo instituto.
Esse volume ainda se soma ao que vem do Pantanal, de Rondônia — com a queimada no Parque Guajará-Mirim há um mês —, e da Bolívia, formando uma densa camada cinza na atmosfera que é arrastada para o restante do mapa formando um “corredor de fumaça”.
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