Santa Catarina atingiu o segundo maior montante de exportações da série histórica em 2023, chegando a US$ 10,6 bilhões entre janeiro e novembro. Apesar do bom resultado catarinense, o futuro da economia do país em 2024, gera insegurança. O balanço econômico do ano e as projeções para 2024 foram divulgados pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) nesta quarta-feira (13).

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O maior valor registrado foi no ano passado (US$ 12 bilhões). Mesmo sem os dados de dezembro ainda, o montante de 2023 não deve passar de R$ 11,5 bilhões, segundo o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Entre os principais parceiros comerciais do Estado estão: China (14,8% de participação), Estados Unidos (14,6%), Europa (13,4%), Argentina (7,3%), México (6,1%), Chile (5%), Japão (3,8%) e Paraguai (3,1%).

— O principal destaque que restringiu um pouco as nossas exportações é a cadeia de madeira e móveis. Hoje o setor é extremamente exportador principalmente para a economia norte-americana. Mas em função de um processo inflacionário e taxas mais altas nos Estados Unidos, a atividade da construção civil vem tendo dificuldades para manter o ciclo de crescimento — explica o economista da Fiesc, Marcelo Albuquerque.

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No mesmo período, as importações totalizaram US$ 26 bilhões, o segundo maior montante da série histórica. Entre os principais parceiros estão: China (40,5% de participação), Europa (17,1%), Estados Unidos (7,3%), Chile (6,3%) e Argentina (5,6%).

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Destaques da economia de SC

Santa Catarina é a sexta maior economia do país e a participação catarinense no PIB do Brasil passou de 4,6% em 2020 para 4,8% em 2021, conforme dados do IBGE. Além disso, o Estado tem o terceiro maior PIB per capita do país (R$ 58,4 mil) — atrás apenas do Distrito Federal e do Mato Grosso do Sul.

O Índice de Atividade Econômica catarinense acumula alta de 2,3% até setembro. No mesmo período, o Brasil cresceu 2,8%. O indicador, medido pelo Banco Central, é considerado uma prévia do PIB.

A resiliência do mercado de trabalho formal, assim como a manutenção do rendimento médio do trabalhador acima do patamar pré-pandemia são apontados como fatores que estimularam o consumo das famílias catarinenses em 2023.

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Projeções para economia de SC em 2024

O aumento do gasto público e a falta de um compromisso efetivo com o cumprimento da meta fiscal geram incerteza sobre a economia catarinense em 2024, conforme destacou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

— Nós estamos em um país em que o custo de produção é muito elevado, e as medidas que estão sendo discutidas no Congresso não são para reduzir esse custo. Isso impacta diretamente na competitividade da nossa economia — destacou o presidente da Fiesc.

Outro ponto que gera incerteza é o cenário econômico global, por conta dos conflitos geopolíticos, como as guerras na Ucrânia e na Palestina, e, principalmente, a taxa de juros ainda elevada nos Estados Unidos.

— A previsão é que haja redução no segundo semestre. Então a projeção para o segundo semestre é melhor do que a primeira. Como temos uma indústria que exporta bastante, isso afeta também a nossa economia — destacou o presidente.

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