Santa Catarina lidera o crescimento econômico na região Sul do Brasil, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgado neste mês. Os dados entre 2001 e 2024 mostram que o Estado apresentou um crescimento médio de 2,5% ao ano, superando seus vizinhos, Paraná (2,2%) e Rio Grande do Sul (1,5%), e a média nacional (2,3%).

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Os números mostram que, em 2002, Santa Catarina respondia por 22,6% do PIB regional. Vinte anos depois, em 2022, a participação subiu para 27,8% — um aumento de 5,2 pontos percentuais. No mesmo período, o Rio Grande do Sul perdeu espaço (de 40,9% para 35,5%), e o Paraná assumiu a liderança regional (de 36,5% para 36,7%).

Gráfico mostra a participação dos estados no PIB da região Sul entre 2002 e 2022 (Imagem: FGV Ibre)

De acordo com o estudo, o crescimento de Santa Catarina acelerou entre 2012 e 2021 (1,6% ao ano), em comparação a estagnação da economia brasileira no período (0,2% ao ano). Na indústria, o Estado foi o único da região Sul a superar em 2024 o pico industrial de 2013, com crescimento em setores como metalurgia (86,4%), fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (36,7%) e fabricação de automóveis (23,2%).

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No setor de serviços, Santa Catarina registrou o terceiro maior crescimento do país (29,9%, entre 2016-2024), impulsionado principalmente pelo transporte, comércio, e informação e comunicação. Na agropecuária, embora menos relevante que no Paraná e Rio Grande do Sul, o setor apresentou recuperação significativa em 2023-2024.

Segundo o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina, Marcelo Fett, o resultado reflete o impacto direto da integração entre tecnologia e setores, como o industrial.

— Empresas como WEG, Intelbras, Gelnex e Duas Rodas são exemplos de como Santa Catarina tem inovado em setores tradicionais, transformando-se em referência nacional — destaca.

Contraste com o Rio Grande do Sul

O estudo também mostra que o desempenho do PIB de Santa Catarina se contrapõe às dificuldades encontradas pelo Rio Grande do Sul. Embora o estado gaúcho tenha crescimento do PIB em praticamente todo o período entre 2001 e 2024, em geral, apresentou taxas menores que as registradas no Brasil e em seus estados vizinhos.

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Apesar do destaque catarinense, o Sul como um todo cresceu menos que o país na maior parte do período. A exceção foi em 2023 e 2024, quando a região superou ligeiramente a média nacional – puxada pelo Paraná (6,1% em 2023) e por SC e RS (2024).

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