Santa Catarina contabiliza 62.209 focos do mosquito Aedes aegypti em 263 municípios até o dia 1º de dezembro. Os dados são do Informe Epidemiológico nº 17/2025, publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que mostram a proliferação do mosquito e o aumento no número de notificações de dengue. Por conta disso, a SES, em parceria com os municípios, tem atuado em ações para controlar o vetor da doença.
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De acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), foram 134.231 notificações de dengue ao longo de 2025, sendo que destas 25.734 são consideradas casos prováveis. Foram registrados 21 mortes em decorrência da doença neste ano, e três mortes seguem em investigação. Dos 295 municípios catarinenses, 184 são classificados como infestados pelo Aedes aegypti.
— O avanço das arboviroses em Santa Catarina resulta de uma combinação de fatores ambientais e comportamentais. As condições climáticas atuais favorecem a reprodução do Aedes aegypti e, ao mesmo tempo, ainda enfrentamos desafios para que a população mantenha práticas preventivas de forma contínua. O enfrentamento é complexo: não basta eliminar criadouros, é preciso manter a vigilância permanente e fortalecer o engajamento de todos. A dengue já faz parte do nosso cenário epidemiológico e demanda uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a comunidade — destaca João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
Chikungunya no Estado
O informe relata ainda 2.799 notificações de chikungunya em Santa Catarina, sendo 840 são prováveis e 699 com confirmação laboratorial. Os números mostram um aumento de 577,4% em relação ao mesmo período de 2024, período em que houve 124 casos prováveis da doença. Até o início de dezembro foram confirmadas quatro mortes pela doença.
A chikungunya provoca sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Ela é transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, e representa um risco ainda maior para idosos e pessoas com comorbidades. Em casos graves, pode levar à internação e à morte.
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A Secretaria de Estado da Saúde afirma que tem se mobilizado e intensificado as ações diante do cenário, contudo reforça a importância do apoio da população, essencial para conter a propagação das doenças no Estado através de medidas simples.
Ações para eliminar o Aedes aegypti
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

