Dois acidentes de trabalho no mesmo dia, na última terça-feira (26), deixaram quatro pessoas feridas e uma morta em canteiros de obras em Santa Catarina. As ocorrências chamaram a atenção para a segurança dos trabalhadores no setor da construção civil no Estado.

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Entre janeiro e setembro, 1.961 acidentes de trabalho foram registrados em obras no Estado, um aumento de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).

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Na terça-feira, em Balneário Camboriú, um trabalhador morreu prensado por vigas que caíram em cima do seu peito, provocando uma grave hemorragia. Foram necessários 15 homens para retirar as vigas de ferro de cima da vítima. Cada peça pesava cerca de 800 quilos, conforme os socorristas.

No mesmo dia, quatro trabalhadores ficaram feridos após o desabamento de uma laje em Balneário Piçarras. A queda foi de seis metros de altura e dois deles ficaram presos entre os escombros. Neste caso, todos foram salvos com vida após um resgate arriscado.

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O setor da construção é um dos que mais emprega no Estado segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2023, Santa Catarina totalizou 131,4 mil empregados na construção. Na última atualização dos dados, em 2024 são cerca de 143,9 mil pessoas trabalhando no setor, um aumento de 9,5% na força de mão de obra empregada.

Menor letalidade nas ocorrências

Enquanto que no registro de acidentes houve aumento em 13% nas ocorrências, há uma redução na severidade dos registros. Entre janeiro e setembro deste ano, nove trabalhadores perderam a vida em obras no Estado. Em 2023, no mesmo período, 19 pessoas morreram na construção civil.

Em Santa Catarina, cinco cidades registraram mais de 100 acidentes na construção civil até setembro de 2024. Joinville lidera o ranking com 177 ocorrências registradas, seguida de Chapecó com 134, Palhoça com 131, Balneário Camboriú com 126, Florianópolis com 109 e Itajaí fecha a lista com 103 acidentes registrados.

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Prevenção

Com o objetivo de evitar mais acidentes em obras, já existe o Obra Mais Segura, programa de prevenção de acidentes do Fiesc, uma iniciativa do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci). Uma das estratégias da ação é escolher, com as construtoras, profissionais nos canteiros de obras e oferecer a eles treinamento para que identifiquem riscos, orientem colegas e promovam práticas seguras de trabalho.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) é um órgão que realiza fiscalizações nas obras, garantindo a segurança de maneira a orientar os profissionais. A construção civil é a maior área de atuação do Conselho e uma de suas principais funções é garantir que todas as obras e serviços de Engenharia sejam acompanhados por profissionais legalmente habilitados, que realizam diligências de rotina, documentação de registros, visitam obras e verificam a responsabilidade técnica.

Equipamentos de segurança

Para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), uma das principais orientações é o uso adequado dos equipamentos individuais de segurança (EPI), fundamental para garantir a saúde e a proteção do colaborador, evitando que riscos e acidentes possam comprometer sua integridade física.

A utilização desses materiais reduzem ou neutralizam as chances de profissionais desenvolverem doenças ocupacionais, comprometendo a capacidade de trabalho durante a fase ativa dentro da empresa.

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O (CREA-SC) ainda reforça que é responsabilidade da empresa garantir que os funcionários façam uso adequado do EPI específico de sua função e que recebam orientação sobre a utilização correta.

*Sob supervisão de Leandro Ferreira

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