Santa Catarina apresenta um aumento nas tendências de longo e de curto prazo para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e segue em nível de alerta, segundo o boletim da Fiocruz, divulgado na sexta-feira (23). O Estado, até este domingo (25), registrava uma cobertura vacinal contra a gripe de apenas 37,69% no público-alvo (crianças, gestantes e idosos), mesmo com a taxa de incidência dos casos em 61,10%. Além disso, em duas regiões, o nível de ocupação da UTI para adultos estava em 100%.

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Ainda no boletim, Santa Catarina tem apresentado um crescimento expressivo de casos, em níveis de alerta entre moderado e muito alto. Florianópolis também está no grupo de capitais que apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, nas últimas duas semanas, junto com 15 das 27 capitais brasileiras.

A situação é preocupante devido à taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos, que estava em 97,3% na manhã desta segunda-feira (26).

Conforme o painel do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS (Cieges SC), atualizado nesta segunda-feira (26), duas regiões já chegaram a 100% de lotação: o Litoral Norte e o Grande Oeste. Todas as regiões de Santa Catarina ultrapassam 95% na taxa de ocupação, exceto o Meio-Oeste, que tem 93,8% de ocupação, de acordo com o painel. Dos 962 leitos ativos no Estado, apenas 26 estão disponíveis.

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Cenário nacional

Além de Florianópolis, Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, João Pessoa, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitoria entram na lista de capitais que apresentaram nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.

Segundo o boletim da Fiocruz, 20 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento na tendência de longo prazo.

— Todas as faixas etárias podem se beneficiar da vacina. Quem não faz parte dos grupos prioritários, e se seu município ampliou a vacinação para toda a população a partir de 6 meses, aproveite também para se vacinar — orienta a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella.

Conforme os dados, 33,3% dos casos positivos para SRAG no Brasil são de influenza A. Já em relação a Covid-19, 2,3% dos atendimentos foram em decorrência da doença.

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Já em relação as mortes, a influenza A representa 69,7% dos casos, enquanto a Covid-19 equivale a 8,1%.

*Sob supervisão de Luana Amorim

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