Santa Catarina tem o menor índice de insegurança alimentar grave no Brasil, segundo o Indicador de Risco de Insegurança Alimentar Municipal a partir dos dados do CadÚnico. Os dados foram divulgados neste mês e mostram que, no Estado, cerca de 3,5% das famílias estavam em risco em 2024. O percentual representa 10.252 famílias em risco de insegurança alimentar grave em relação às 295.459 famílias inscritas no CadÚnico em Santa Catarina.
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Os dados são referentes aos 12 meses anteriores a janeiro do ano passado. Em Florianópolis, cerca de 6,6% das 21.857 famílias inscritas no CadÚnico estão com risco de insegurança alimentar grave. Isso significa que são cerca de 1.440 famílias nessa situação. Já na maior cidade do Estado, em Joinville, são 793 famílias com esse risco — cerca de 4,9%.
Região Sul tem as proporções mais baixas
Os dados disponibilizados pelo CadÚnico ainda mostram que a região Sul possui as proporções mais baixas de famílias em situação de risco de insegurança alimentar grave. Para a pesquisa, foram consideradas informações como a renda per capita de cada família, setor de ocupação e região geográfica. As informações são do g1.
Veja os menores índices:
Santa Catarina – 3,5% – 10.252 famílias
Rio Grande do Sul – 3,9% – 28.245 famílias
Paraná – 4,8% – 41.972 famílias
Mato Grosso do Sul – 8,8% – 26.683 famílias
São Paulo – 9% – 244.132 famílias
Mato Grosso – 9,6% – 35.394 famílias
Minas Gerais – 9,7% – 173.549 famílias
Espírito Santo – 10,9% – 39.053 famílias
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Para a coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina, Juliana Pires, os índices mostram que Santa Catarina se preocupa com o tema e que isso reflete em outros âmbitos, com “bons índices de emprego, agricultura diversificada e projetos nessa área”.
— Na educação, por exemplo, temos a preocupação na merenda escolar. Também recebemos R$ 10 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos e executamos os recursos em cinco meses — aponta.
Em Santa Catarina, a responsabilidade de promoção de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional ficam a cargo da coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional, vinculada à Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS).
Além das políticas públicas, a coordenadoria também tem como objetivo produzir e disponibilizar o acesso ao consumo de alimentos adequados e saudáveis com prioridade para os territórios periféricos urbanos, comunidades indígenas e quilombolas, e demais povos e comunidades tradicionais do Estado.
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Confira os maiores índices
Na pesquisa, Amapá, Roraima e Pará registraram os resultados mais preocupantes, com 27,0%, 24,3% e 24,0% de famílias do CadÚnico com risco de insegurança alimentar grave.
Amapá – 27% – 30.556 famílias
Roraima – 24,3% – 18.027 famílias
Pará – 24% – 267.397 famílias
Amazonas – 23,7% – 129.328 famílias
Tocantins – 21,8% – 196.467 famílias
Brasil deixou Mapa da Fome
Na segunda-feira (28), a Organização das Nações Unidas divulgou que o Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome, com menos de 2,5% da população brasileira com risco de subnutrição. Isso tira o país da categoria de insegurança alimentar grave após três anos, segundo o g1.
Em 2014, o Brasil já havia saído do Mapa da Fome, mas, após análise dos dados de 2018 a 2020, a ONU recolocou o país na categoria ao apontar um aumento da insegurança alimentar no período. Para a ONU, uma pessoa desnutrida é alguém que habitualmente consome menos calorias e nutrientes do que o necessário para manter uma vida saudável.
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