SC tem quase 8 mil inscritos no Enem aplicado em presídios

Santa Catarina tem 7.765 pessoas privadas de liberdade inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) 2025. As provas são aplicadas nesta terça (16) e quarta (17), dentro das unidades prisionais do Estado.

A aplicação do exame é coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela logística e execução das provas. A participação depende da organização interna das unidades, que orientam os detentos e garantem as condições necessárias para a realização do exame.

As provas têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular, cujas provas foram aplicadas nos dias 9 e 13 de novembro.

Qual a importância do Enem PPL?

O Enem PPL funciona como uma das principais portas de acesso à educação formal dentro do sistema prisional. A partir desta edição, os participantes também poderão utilizar a nota para obter a certificação do ensino médio.

Segundo a secretária de Estado da Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim, a educação tem papel central nos processos de reintegração social.

— A educação é uma das principais formas de romper ciclos. Quando oferecemos oportunidades reais de estudo, damos a essas pessoas a chance de reconstruir suas trajetórias e de voltar à sociedade com novas perspectivas — diz.

Reaplicação do Enem

Além do Enem PPL, o Inep realiza nesta terça e quarta-feira a reaplicação do Enem 2025 para participantes que tiveram problemas logísticos durante a aplicação regular ou foram acometidos por doenças infectocontagiosas previstas em edital. Os pedidos de reaplicação foram analisados individualmente pelo instituto.

A dinâmica das provas é a mesma do Enem regular: os portões abrem às 12h e fecham às 13h (horário de Brasília), com início às 13h30. No primeiro dia, são aplicadas as provas de linguagens, redação e ciências humanas; no segundo, as de ciências da natureza e matemática.

Também houve aplicação excepcional do exame em Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, em datas diferentes, após o adiamento das provas nessas cidades devido à realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).