Santa Catarina teve uma redução de 92% nos casos prováveis de dengue em 2025, com 25,4 mil ocorrências em investigação de dengue, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A comparação é com o mesmo período do ano passado, quando foram notificados 333,3 mil casos. Apesar da redução significativa, a pasta mantém o alerta para a doença, que já matou 21 pessoas no Estado neste ano.
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Dos 295 municípios catarinenses, 184 são considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue. Entre 29 de dezembro de 2024 e 3 de novembro de 2025, foram identificados 58.236 focos do mosquito em 263 municípios, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC).
No início da semana, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha nacional intitulada “Não dê chance para a dengue, zika e chikungunya”, com o objetivo de mobilizar a população para a prevenção de arboviroses. Também foi anunciado o investimento de R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial em todo o país.
— Mesmo com essa melhora, não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia — disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em todo o Brasil, são mais de 1,6 milhão de casos prováveis, o que representa uma queda de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação às mortes registradas, já são mais de 1,6 mil em 2025, com redução acima dos 70%, também.
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Com o orçamento previsto, a pasta quer ampliar o uso de tecnologias para reduzir a capacidade de transmissão da doença. Isso inclui o método Wolbachia, já presente em 12 municípios e com planejamento para expansão em mais de 70 cidades.
O método foi utilizado em Niterói, no Rio de Janeiro, por exemplo, com redução de 89% nos casos de dengue e 60% da chikungunya.
Vacinação
Uma parceria com a empresa chinesa WuXi Biologics deve ser fortalecida para a produção em larga escala da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Dessa forma, o país deve ter capacidade de produção de 40 milhões ou mais de doses a partir de 2026. A expectativa é que a Anvisa conceda o registro da vacina 100% brasileira, até o fim do ano.
A vacinação contra a dengue foi iniciada em 2024 e prioriza, atualmente, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios. Até outubro de 2025, mais de 10,3 milhões de doses foram enviadas aos estados, e outras 9 milhões estão previstas para 2026.
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