O Senado aprovou nesta terça-feira a indicação do primeiro ministro negro da história do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O nome de Benedito Gonçalves foi aprovado com 57 votos favoráveis e apenas quatro contrários. A decisão será comunicada à Presidência da República para que o STJ dê posse ao novo ministro, informa o site G1.

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Após ter participado de sabatina na comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado há duas semanas, Gonçalves defendeu maior controle para autorização de escutas telefônicas e mais cuidado das autoridades policiais na utilização de algemas.

Nascido no Rio de Janeiro, Gonçalves foi indicado para a vaga deixada pelo ministro José Delgado, que se aposentou.

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gonçalves também tem no currículo uma especialização em direito processual civil e um mestrado – ambos realizados na Universidade Estácio de Sá, no Rio.

Gonçalves entrou na magistratura em 1988, aos 34 anos. Em 1998, chegou ao cargo de juiz do Tribunal Regional Federal. Antes disso, trabalhou na Polícia Federal e também como delegado da Polícia Civil.

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Em 2003, também com uma indicação de Lula, Joaquim Barbosa foi o primeiro ministro negro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Gilson Dipp

O Senado aprovou também a indicação do ministro do STJ Gilson Dipp para o cargo de corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sua indicação foi aprovada por 54 votos a três.

Dipp defendeu que os tribunais brasileiros sejam mais seletivos na escolha das preferências dos temas que serão julgados.

Nascido em Passo Fundo (RS), Dipp é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Em 1968, começou a sua carreira de advogado. Foi nomeado juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF) em 1989. Chegou a exercer a presidência do TRF da 4ª Região entre os anos de 1993 e 1995.

Dipp integra o STJ desde 1998, onde já presidiu a Quinta Turma e a Terceira Seção do Tribunal.