O senador americano Edward M. Kennedy, mais conhecido por Ted Kennedy, morreu aos 77 anos, vítima de câncer no cérebro, no início da madrugada desta quarta no horário brasileiro, informou a imprensa dos Estados Unidos e as principais agências internacionais de notícias. Ele foi o último irmão de um clã marcado por mortes trágicas.

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Democrata eleito por Massachusetts, Ted morreu na cidade de Hyannis Port, e era irmão de John Kennedy, presidente americano assassinado em 1963, de Robert Kennedy, senador assassinado durante campanha para a nomeação presidencial democrata de 1968, e de Joe Kennedy, piloto morto na II Guerra Mundial.

“Nós perdemos o centro insubstituível da nossa família e uma luz nas nossas vidas, mas a inspiração da sua fé, seu otimismo e sua perseverança irá viver em nossos corações para sempre”, declarou a família em comunicado oficial.

Ted Kennedy era o último sobrevivente de uma família privilegiada e carismática que dominou a política americana na década de 1960, atraindo a atenção do mundo inteiro. O senador lutava contra um câncer no cérebro diagnosticado em maio de 2008.

Por anos, democratas consideraram sua candidatura à presidência inevitável. Em 1968, uma possível campanha emergiu poucos meses depois da morte de Robert, mas ele desistiu, percebendo que não estava preparado para ser presidente. Analistas políticos consideraram sua candidatura em 1972, mas as especulações tiveram fim quando, em uma noite de julho de 1969, o carro que dirigia caiu de uma ponte matando uma jovem passageira afogada. A tragédia teve um efeito corrosivo na imagem da família.

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O senador deixa a segunda mulher, Victoria Ann Reggie Kennedy, com quem casou em 1992, a primeira mulher, Joan Bennett, e cinco filhos – Patrick, Kara e Edward Jr. do primeiro casamento, e Curran e Caroline Raclin, do segundo.