Um homem condenado a 72 anos de prisão por uma série de homicídios fugiu na noite de quinta-feira (25) de um presídio de segurança máxima no Tocantins. A fuga ocorreu na Unidade de Tratamento Penal de Cariri, no Sul do estado, e mobiliza uma força-tarefa das polícias Civil e Militar.

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O fugitivo é Renan Barros da Silva, de 26 anos, conhecido como “Serial Killer da Rotatória” e apontado pelas autoridades como responsável por crimes no Tocantins e no Maranhão. Ele escapou junto com outro detento, identificado como Gildásio Silva Assunção, de 47 anos, também condenado por homicídio.

Até a manhã de domingo (28), ele seguia foragido. O NSC Total questionou a Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins se ele já havia sido localizado nesta segunda-feira (29), mas não obteve retorno.

Fuga foi percebida apenas na manhã seguinte

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, os dois presos conseguiram serrar as grades da cela onde estavam custodiados. Em seguida, acessaram uma janela e escalaram o muro do presídio com o auxílio de uma corda improvisada feita com lençóis.

A ausência dos detentos foi constatada apenas na manhã de sexta-feira (26), durante a conferência de rotina.

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Presos eram considerados de alta periculosidade

Renan e Gildásio cumpriam pena em regime fechado e são classificados como de alta periculosidade. Ambos são apontados como integrantes de uma facção criminosa com origem no Rio de Janeiro.

As forças de segurança concentram as buscas na região Sul do estado, mas, até a última atualização, nenhum dos fugitivos havia sido recapturado.

Histórico de crimes em série

De acordo com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, Renan Barros da Silva teve sua trajetória criminosa iniciada em novembro de 2020, em Araguaína, no norte do Tocantins, onde matou duas pessoas.

Meses depois, em 2021, ele assassinou mais três homens na mesma cidade. As vítimas foram encontradas em um matagal na rotatória da avenida Filadélfia, perto de uma faculdade, em Araguaína, conforme o g1. As motocicletas usadas por elas foram lançadas em uma ribanceira.

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Além do Tocantins, Renan passou a agir em outros estados e, em junho de 2021, assassinou outra pessoa no município de Estreito, no Maranhão, conforme a CNN. As investigações apontam que ele utilizava sempre uma pistola calibre .380 e disparava contra a cabeça das vítimas, sem chance de defesa.

Na época dos crimes em Araguaína, o promotor Guilherme Cintra Deleuse, que assinou a denúncia, informou que os crimes não tinham outra motivação que não o “prazer repugnante de matar”, conforme o g1. Renan Barros é descrito como uma “pessoa sádica” que não se importou em colocar a vida de ainda mais pessoas em risco, já que os disparos foram feitos em locais públicos.

Procedimento administrativo foi aberto

Em nota, a Secretaria da Cidadania e Justiça informou que abriu um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da fuga e investigar como os materiais usados para serrar as grades e confeccionar a corda foram introduzidos na cela. A pasta afirmou, ainda, que a segurança da unidade foi reforçada.

Informações sobre o paradeiro dos fugitivos podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 190, 197 ou pelo número da Central de Flagrantes de Gurupi.

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Íntegra da nota da Secretaria da Cidadania e Justiça

“A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) informa que registrou a fuga de dois detentos da Unidade de Tratamento Penal de Cariri nesta quinta-feira, 25.

Os fugitivos foram identificados como Gildásio Silva Assunção e Renan Barros da Silva.

Os presos haviam sido transferidos de pavilhão recentemente e estavam em uma cela separada por questões disciplinares. No local, eles conseguiram serrar a grade da cela, acessaram uma janela e utilizaram uma corda artesanal (feita com lençóis) para escalar o muro e sair da unidade.

Assim que a falta dos presos foi notada, as polícias Civil e Militar foram acionadas e realizam buscas intensas em toda a região sul do Estado para a recaptura dos indivíduos.

A Seciju também determinou a abertura imediata de um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da fuga e investigar como os materiais foram introduzidos na cela. Além disso, a segurança da Unidade de Cariri foi prontamente reforçada para garantir a ordem e a integridade do sistema.

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A Secretaria reforça que qualquer informação que ajude na localização dos fugitivos pode ser repassada de forma anônima pelos números de emergência 190 ou 197 ou pelo telefone da Central de Flagrantes 24 horas de Gurupi: (63) 3312-4110. O sigilo da denúncia é absoluto.”

*Com informações da CNN e do g1.