A morte Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, em Duque de Caxias (RJ) horas depois de comer um feijoada que estaria envenenada é investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A filha dele, Michele Paiva da Silva, de 43 anos, e Ana Paula Veloso, amiga dela, foram presas suspeitas de envolvimento no crime. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Segundo as investigações, o relacionamento entre pai e filha era conturbado. A principal suspeita é de que Michele teria contratado Ana Paula para matar Neil. Ana Paula, que já é investigada por outros crimes, é tratada pelas autoridades como uma “serial killer”.
Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu em abril deste ano no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense. A causa da morte foi registrada como insuficiência respiratória aguda, cetoacidose diabética, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva. Porém, a polícia suspeita que a morte tenha sido causada por envenenamento.
De acordo com o delegado Halisson Ideiao, a morte de Neil estaria ligada a outros três casos de envenenamento registrados em Guarulhos (SP). Ana Paula Veloso foi presa pela Polícia Civil de Guarulhos em julho e foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio. Ela é investigada por outros envenenamentos.
Ana Paula foi até a delegacia para denunciar um suposto bolo envenenado, com a intenção de incriminar uma terceira pessoa.
Continua depois da publicidade
— Ana Paula Veloso foi até a nossa delegacia por causa de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse suposto bolo envenenado para tentar incriminar uma terceira pessoa. Por este inquérito, chegamos à conclusão de que Ana Paula não era vítima nesse caso, mas sim uma serial killer” — disse o delegado.
A filha do idoso, Michelle Paiva da Silva, foi presa na entrada da faculdade onde estuda na Zona Norte do Rio, na terça-feira (7). Foi ela quem pagou a viagem de Ana Paula de Guarulhos até o Rio de Janeiro
Michele e Ana Paula estariam na casa de Neil quando ele passou mal após comer uma feijoada. Como ele tinha dificuldade para mastigar, os alimentos precisavam ser batidos no liquidificador. A suspeita da polícia é que a comida tenha sido batida com veneno.
Morte de cães
Em depoimento, Ana Paula confessou que testou o tempo de ação da substância e a dosagem necessária. em cães. Como consequência, ela teria matado 10 cachorros com o mesmo veneno usado na feijoada. O delegado Halisson afirmou que a mulher tinha conhecimento técnico para calcular os efeitos.
Continua depois da publicidade
— Ela sabia exatamente quanto tempo, a dosagem, o que ia acontecer com as pessoas que consumiam aquilo que era oferecido por ela — afirmou o delegado.
A polícia também investiga a participação da irmã gêmea de Ana Paula, Roberta, no crime. Ela também foi presa, e segundo o delegado participou ativamente da morte, “dando auxílio moral e material”.
O corpo de Neil foi exumado nesta quinta-feira (9), no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, Zona Norte do Rio, e levado para o Instituto Médico-Legal (IML) no Centro. O intuito é que o exame alegue se houve envenenamento.
— O senhor Neil não passou por perícia, não teve exame necroscópico. Então, se faz necessária a exumação para que a gente tente achar esses componentes, faça uma perícia técnica para confirmar a substância e para que seja confirmado aquilo que a gente trouxe na investigação — disse o delegado.
Continua depois da publicidade
O g1 tentou localizar as defesas de Michele e Ana Paula, mas não conseguiu até a publicação desta matéria.
Leia também
O que é a “falsa couve” que deixou quatro pessoas em estado grave em MG
Operação que prendeu “Careca do INSS” ganha nova fase com alvos em SC

